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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Jogo das Surpresas

No Dia dos Finados, em Volta Redonda, os Falcons recebem o Teresópolis Rockers. A partida acontece às 14h, no Campo do Flamenguinho. Essa partida marcará a estreia de Ivan Cunha como Coordenador Ofensivo. Jeff Fromholz (Head Coach) e Marcelo Arantes (Coordenador Defensivo) completam o coaching staff.

Quando digo que é o 'Jogo das Surpresas', não minto. O Volta Redonda Falcons saiu da modalidade Flag para o No Pads e teve uma adaptação rápida, já conquistando bons resultados nos primeiros jogos. De certa forma é uma surpresa, mas o trabalho feito lá é de dar inveja a muito time na Liga. A surpresa negativa é o Teresópolis Rockers. Eu não esperava uma temporada de playoffs, mas também não estava crendo em três derrotas nos seu primeiros jogos. Edgard apanhou igual mulher de bandido e nada deu certo para a equipe da Serra.

Sem esticar mais, vamos à análise:

Volta Redonda Falcons (2-1):

O time do 'Vale do Aço' precisa vencer para avançar aos playoffs. A maior injustiça dessa LiFFA seria esse time ficar de fora. Mas estão com uma mão na classificação. Vale lembrar que é franco favorito nesse duelo dominical.

No comando do ataque, Bruno Monção vem jogando o fino da bola oval. Com todos que conversei e que o viram jogar falam muito bem do baixinho. Seu braço não é uma máquina de passes longos, mas com sua ofensividade baseada em um equilíbrio entre passes e corridas, além de ser calmo e fazer boas escolhas, o camisa 11 é , definitivamente, um candidato a vários troféus.

Pelo chão, Diego é o corredor principal, não se engane por sua baixa estatura, pois ele é muito rápido e forte. Ele não tem medo das corridas pelo meio - diferente da maioria dos RBs da Liga -, por isso há diversidade e variações. Vale cuidar das laterais, pois ele recebe alguns passes.

Durante a pré-temporada falei bastante de João Adolpho e Arthur Barcelos (também jogador do Flamengo F.A). O primeiro é alto e pega várias bolas, o segundo é rápido demais. Mas sempre me diziam que faltava alguém e o TE Arthur Yeagashi é o que preenche a lacuna. Muito bom recebendo passes, faz bons bloqueios no segundo nível e tem uma jogada em que ele recebe um reverse, meus amigos, aquilo ali mata quem não está preparado.

A linha ofensiva é boa e certamente é a principal chave para Bruno Monção ser Bruno Monção em sua característica principal: a mobilidade. Se uma peça é perdida, perde-se em qualidade e na confiança que o QB terá. Na DL, novamente ele, Douglas 'Cachorro Louco' é uma máquina de sacks. Pouco vi ele fazendo a volta nos Tackles, sempre indo pra cima, ganhando na 'marra', na força. É difícil pará-lo.

Sem Vitor Leal e Eduardo fico sem saber o que falar sobre os linebackers. A confiança do DC Marcelo arantes é depositada em Vitor e sem Eduardo as coisas ficam mais escuras. Acredito que pra essa partida não sintam tanto, mas pros playoffs o baque será notável.

Na secundária, Mangelli é o mais velho. O cornerback fez grandes marcações pessoais na partida contra o Wolves e quando perdia na perseguição sempre se recuperava na jogada. O retornardor e safety Jefferson foi mal contra a equipe de Petrópolis, contrariando o que se esperava dele, por isso, é preciso que faça um bom jogo no domingo, afinal, chegar na pós-temporada com confiança é importante. 

Chave da vitória: equilibrar as investidas ofensivas e mandar blitz.

Teresópolis Rockers (0-3):

Sem chances de avançar no campeonato, essa partida serve para duas coisas: fazer testes e cumprir tabela. Talvez essa seja a última partida de Edgard por Teresópolis. Sua vida pessoal está mudando e sua aposentadoria pode se aproximar, mas fontes afirmam que ele pode mudar de clube em 2015. 

O primeiro MVP da LiFFA apanhou muito essa temporada e não conseguiu estabelecer seu jogo. Quando produziu fez milagres botando o coração na ponta nos dedos. Ed é especial, joga com o amor pelo Rockers em cada snap. É admirável.

Pelo chão, saudades de Davi e Dão. Quem figura como RB é Highlander, também Linebacker. O camisa 50 tem boas investidas verticais, mas quando começa a correr lateralmente se enrola. Pelo ar, Biscoito fez uma temporada melhor do que em 2013, mas dropou bolas fáceis. Bonifácio (CB) e Matheus (QB) fizeram aparições como recebedores, foram bem em alguns momentos.

A Linha Ofensiva. Confesso que é difícil falar dela. Praticamente inexistente e que raramente dava tempo para conexão de passes. Edgard, primeiramente, tinha que se preocupar em escapar dos sacks, depois mirar seus alvos, por isso que na partida contra os Federals foram  feitos mais de dez screen pass.

Na DL houve uma oscilação de pressão. Às vezes pressionava muito, às vezes não pressionava nada. As corridas adversárias sempre chegavam em um segundo nível, tanto que na partida contra Niterói foram três corridas para mais de 20 jardas para Erick Lobo que rompeu a casa das 150 jardas.

Pica-Pau atua, hoje, como Linebacker. Sua primeira temporada na posição, está sendo exigida uma adaptação, mesmo que em todas as vezes que o vejo estar entrado em blitz. A secundária conta com o terceiro anista Bernardo Bonifácio e com o desconfiável Patrick. Nessa partida terão que se multiplicar para marcar bons alvos.

Palpite: Volta Redonda Falcons 30 x 8 Teresópolis Rockers

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Dois lados da moeda

Na última partida das equipes na temporada regular, o Valença Hunters, em casa, se despede dessa edição e da sua torcida em 2014 contra o Itaipuaçu Krakens. O duelo acontecerá às 14h no Campo do Monte D'Ouro. Se quiser confirmar presença, já tem evento no Facebook.

Esse será o primeiro encontro das equipes na história.
Essa partida vale mais do que se imaginava. Para quem ainda faz as contas, Itaipuaçu só precisa vencer e, sendo sincero, a chance de passar sem sufocos é grande. Bem ou mal, a equipe dos Krakens têm atletas mais rodados e que já jogaram campeonatos de areia pelo Rio. Os valencianos têm material humano e se chegar um Head Coach de qualidade, a equipe terá um avanço significativo.

Sem mais delongas, vamos à análise:

Valença Hunters (0-3):

Em sua última partida no campeonato, acho que esse time poderia arriscar um pouco mais. Fazer fakes, usar bootlegs que favoreçam a velocidade de Thiago Valadão, o QB. Esse atleta às vezes faz bons passes, mas o seu forte - assim como do seu ataque - é a investida terrestre. Se souberem usar a criatividade, vai dar certo.

Gabriel Xisto, como já disse outras vezes, é o termômetro da equipe. Se ele começa a encaixar, o time flui. Acredito que a partida contra o Petrópolis Wolves tenha sido uma das poucas em que ele conseguiu terminar os 48 minutos. Quando ele tiver alguém que o instrua e bloqueadores com sabedoria, sua produtividade crescerá em PG.

Pelo ar, vi uma queda de rendimento do WR Daniel Victor. Dá pra ser melhor. Chega a ser redundante, mas há pouco o que falar de um time em sua primeira temporada completa. Não vejo mais Rafael Natal nos jogos. Precisam dele de volta.

A Linha Ofensiva precisa se organizar. Não há stance, e se observarem uma formação diferente bate o desespero. Na outra linha, a Defensiva, Lucas Ramos é um pass rusher interessante. Faz uma boa blitz, pressiona, com técnica pode ser um dos bons da Liga.

Na secundária, agressivo - até demais - o safety Durex é o cara da secundária. Fez interceptações na pré-temporada, mas, até aqui, apenas uma ejeção.

Chave para a vitória: estabelecer o jogo terrestre e não ceder turnovers.

Itaipuaçu Krakens (2-1):

Vindo de uma vitória suada no tapetão do Colegiado, o Itaipuaçu Krakens tem uma missão um pouco mais tranquila do que o resto dos outros candidatos aos playoffs. Enfrentando o frágil Valença, precisa apenas vencer para avançar à pós-temporada.

Essa partida é boa para Bruno Andrews se reencontrar. O QB gordinho foi uma sensação na pré-temporada, mas não produziu nem a metade do esperado até a terceira semana. Seu forte é 'sambada' no pocket e a bola longa. Grande movimentação lateral, mas pra vencer será importante não ser afobado..

Ah, Pablo Dias. O bust de 2014 tem essa partida para mostrar que ainda é possível acreditar em seu futebol. Rápido e forte, é preciso fazer mais do que uma boa partida para reacender a chama da confiança de muito na Liga no camisa 27.

Dudu Oliveira é o melhor alvo desse time. Fez uma grande partida contra o Andorinhas e, quem sabe, pode fazer um ótimo jogo e começar a se candidatar ao prêmio de 'Revelação' e/ou 'Melhor Jogador de Ataque' da temporada de 2014. Grande atleta nas bolas fundas, vai precisar pular muito para tirar a bola das mãos do safety Durex.

A linha ofensiva é grande e pesada, as chamadas ''traps'' - saídas dos homens de Linha Ofensiva para bloquear em segundo nível ou campo aberto - quase não existem. A proteção do lançador depende bastante de como Andrews se movimenta no pocket. A linha defensiva vai conseguir pressionar. Não conheço muito bem as peças dessa DL, mas é um fato que será consumado.

Na secundária, fico apreensivo e curioso pra saber o que eles podem aprontar. Lucas Diogo saiu da equipe e Márcio Fernandes se torna o principal cornerback.

Chave da vitória: passes curtos e muita blitz.

Palpite: Valença Hunters 6 x 30 Itaipuaçu Krakens.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Canto do Coach - Bernardo Scofano

Na sua terceira semana, o Canto do Coach está sendo um sucesso. Hoje, o terceiro convidado é o idealizador do quadro e da LiFFA: Bernardo Scofano. O treinador passará seus conhecimentos sobre Linha Ofensiva, veja:
Yetis e Macaé Oilers, em Conceição de Macabu. (Foto:Tiago Bueno).
"
Não é preciso ser um expert no futebol americano para saber a importância de ter um bom Quarterback, um bom corredor... Mas já parou pra pensar o quão importante é proteger estes jogadores? A Linha Ofensiva exerce um papel bastante ingrato neste esporte, seus jogadores raramente são reconhecidos quando fazem um bom trabalho, mas basta um snap errado ou um holding para que sejam duramente criticados. Faça um exercício mental, liste os cincos OLs titulares do seu time na NFL. Difícil, né?
Neste ano pude notar o quanto ainda há desconhecimento em relação à OL na LiFFA (e certamente em todos os campeonatos menores pelo Brasil) e o quanto isso prejudica os times, seja por faltas ou pela incapacidade de executar o esperado de maneira satisfatória. Neste artigo vou tentar abordar o básico sobre Linha Ofensiva para tentar ajudar os times e jogadores iniciantes.


Stance (Posicionamento)
Bruno Ceccon, Offensive Tackle do Yetis demonstrando a stance de dois pontos.
 Ao falarmos do posicionamento individual é preciso atentar-se aos seguintes pontos:
  • Pernas abertas na amplitude dos ombros ou pouco mais; Evitando sempre sair com as pernas muito fechadas ou muito abertas;
  •  Agachado, nunca abaixado! Posição agachada em cerca de noventa graus, como se estivesse sentado numa cadeira.
  • Coluna reta, dorso apontando pra frente. A coluna nunca deve estar arqueada, uma dica útil é pensar que as costas do jogador devem ficar como se alguém tivesse jogado um balde com água gelada.
  •  Sobre o posicionamento dos pés há muita variação. Particularmente, acho que a melhor forma de se ensinar é de que os pés devem estar paralelos (Ou o pé externo um pouco atrás), totalmente plantados no chão, mas com o peso distribuído fora do tornozelo.
  •  Seguindo os pontos acima, sair de dois ou três pontos fica a critério do conforto do jogador ou orientação do técnico.
Ao falarmos do posicionamento do grupo é preciso atentar-se aos seguintes pontos:

  • O Center deve ser o primeiro jogador a se posicionar na linha, uma vez que os demais jogadores devem se posicionar tendo-o como orientação. Os Guards devem se posicionar mantendo seus ombros na linha de cintura do Center, sobre pena de Infração de Zona Neutra.
  • Todos os jogadores devem se posicionar paralelos à linha. Nenhum jogador deve sair de lado, ou em diagonal, ou minimamente lateralizado que seja.
  •  Nos EUA é comum ver os Tackles se posicionando um pouco atrás dos Guards, mas já vi árbitros marcado que o OT não estaria na linha nestas situações. Para evitar problemas, coloque OG, OTs na mesma linha. O mesmo se aplica a TEs e deixe-os cerca de uma jarda atrás quando não estiverem posicionados na linha. 
Linha ofensiva do New York Jets. Note o alinhamento.
  •  Ao sinal de preparar dado pelo QB, os jogadores de linha devem realmente congelar. Movimentos de mão, gestos e provocações podem ser marcados como False Start, o melhor é não dar brecha.
  • Centers não devem levantar a bola do chão ao ajeitá-la para o snap, é permitido movimentá-la lateralmente apenas. Caso ela esteja molhada ou suja e seja necessário limpa-la, comunique ao árbitro e espere sua liberação para fazê-lo.
Desenvolvimento

O desenvolvimento das jogadas é distinto entre passes e corridas. Em jogadas de passe a OL deve funcionar formando um Pocket, isto é, formando uma espécie de semicírculo para proteger o lançador. Em chamadas de passe, a movimentação inicial da OL é “para trás”, um avanço além da linha de scrimmage resultaria em uma falta por jogador inelegível em campo profundo.
Jogadores de Texas A&M, time universitário, formando um pocket
Em jogadas de corrida, porém, a linha ofensiva ataca os defensores. Sua movimentação inicial é para frente, buscando abrir os espaços para o corredor, seja pelo meio da linha ou pelos espaços externos. Enquanto nos passes o objetivo primário é impedir que o defensor passe e chegue ao QB, nas jogadas de corrida o papel da OL é realmente empurrar os defensores.

Linha Ofensiva do Buffalo Bills tentando abrir espaço para a corrida.
Existem conceitos mais complexos, como Pulls, Zone Blocking Schemes e Screens que podem e devem ser estudados por aqueles que já possuem certo domínio dos conceitos básicos.

Dicas Gerais:
  •           Pense em seu corpo como uma mola. Quanto mais espremida ela está, maior é sua energia acumulada e mais forte será seu “impulso” para voltar ao estado natural. Se o contato do jogador é feito com os braços e pernas totalmente esticados, este é um bloqueio (ou tackle) fraco e inefetivo.
  •            A mentalidade de que a linha ofensiva é espaço para gordos deve ser abandonada, assim como o pensamento entre jogadores de linha de que não precisam malhar, cuidar de seu físico ou sequer estudar.  Exemplos próximos como Anselmo Brauer e Rafael Menezes nos mostram que é preciso ser muito mais do que “gordo” para ser um bom jogador de linha ofensiva.
Jogadores da Linha Ofensiva do Brasil após o amistoso contra o Uruguai.
  • Leia, entenda e compartilhe seus conhecimentos sobre o livro de regras com seus companheiros de time. Muitos jogadores não entendem o conceito de Holding, por exemplo, e pecam nos dois extremos: Enquanto uns acham que é proibido segurar a camisa em qualquer ocasião, outros acham que é permitido puxar o OL pelo chão ou puxar sua camisa depois que este passou.
  • Jogadores de linha ofensiva devem preferencialmente usar numeração de camisas entre 50 e 79. Por regras da IFAF (amplamente usadas no Brasil), estes números qualificam um jogador como inelegível e poupa tempo, uma vez que jogadores inelegíveis usando números além destes devem ser anunciados sob pena de falta por formação ilegal.
Espero ter contribuído com um entendimento básico sobre Linha Ofensiva. Há significativo material didático mais complexo em diversos sites e deve partir dos jogadores e coaches a iniciativa de buscar e estudar estes documentos.
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Bernardo Scofano é Head Coach do Nova Friburgo Yetis, tendo sido Campeão da LiFFA 2013. Como jogador, atuou por duas temporadas como Defensive Back no Botafogo F.A., foi convidado para o projeto da LFA pelo Rio Atlântico como agente livre não-draftado, convocado para o Projeto da Seleção Carioca de 2014 como Free Safety, Indicado a melhor Safety do Torneio Touchdown 2014. No extra-campo, foi presidente do Nova Friburgo Yetis entre 2009 e 2011, um dos idealizadores do projeto da Liga Fluminense de Futebol Americano.

Bernardo Scofano instruindo seus atletas na final da LiFFA em 2013 (foto: Jéssica Santos)
 


 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Fazendo as contas

É muito clichê dizer que a LiFFA de 2014 passou 'voando', mas, apesar dos problemas da primeira grande edição, gostei bastante desse campeonato. Chegamos na semana nove e, consequentemente, na última de temporada regular. Até sábado (1), postarei a análise dos quatros jogos que acontecem no domingo (2) às, 14, são eles:

Valença Hunters x Itaipuaçu Krakens - em Valença.
Andorinhas F.A x Petrópolis Wolves  - em Magé
UFF-Niterói Federals* x RJ Islanders* - em Niterói
Volta Redonda Falcons x Teresópolis Rockers - em Volta Redonda

Todas as partidas têm um envolvimento com playoffs e para exterminar qualquer dúvida, o que cada time precisa para avançar aos playoffs:

Volta Redonda Falcons (2-1):

Bem na fita, a equipe do 'Vale do Aço' está na quinta posição e pode chegar ao quarto posto. Veja o que os Falcons precisam para se classificar.

Caso vença:

Triunfando, os Falcons chegam à quarta colocação e ficam com três vitórias e uma derrota, mas caso os Krakens façam uma quantidade enorme de pontos e vença os Hunters, Volta Redonda pode ficar em quinto ainda, mas classificado.

Caso perca:

Derrotado, os Andorinhas precisam apenas vencer para ficar com a posição de VR;Wolves não estaria na briga por causa do confronto direto.

Itaipuaçu Krakens (2-1):

Atualmente na sexta posição e virtualmente dentro dos playoffs, a equipe estreante tem uma situação um pouco mais confortável.

Caso vença:

Se triunfar fora de casa contra os Hunters, Itaipuaçu ficará com três vitórias e uma derrota e pulará da sexta para a quinta posição, podendo chegar a quarta se conseguir passar os Falcons em pontos marcados.

Caso perca:

Em caso de derrota, o time precisa torcer para que o Andorinhas F.A vença o Petrópolis Wolves.

Andorinhas FA (1-2):

Jogando em seu território, os 'Black Birds' recebem os Lobos da Serra para um duelo que matematicamente os põem na briga pela última vaga dos playoffs. 

Caso vença:

A missão da equipe de Magé é complicada, pois perdeu para Itaipuaçu e já não pode passá-lo no quesito de confronto direto. Para classificar-se é necessário fazer mais de 91 pontos, ai tirará o Macaé Oilers ou torcer para que os Falcons percam para Teresópolis e tirar uma vantagem de pelo menos 22 pontos dos Falcões, além de triunfar sobre os Wolves.

Caso perca:

Está eliminado.

Petrópolis Wolves (1-2):

O time vem de uma vitória contra os Hunters. Seu próximo desafio é no ensurdecedor estádio do Andorinhas F.A contra o time da casa.

Caso vença:

Para avançar a equipe têm duas alternativas: vencer por pelo menos três pontos o Andorinhas e torcer para os Krakens perderem ou vencer por 98 pontos e tirar a equipe de Macaé.

Caso perca:

Está eliminado.

* - já está classificado e a única situação que pode mudar é sua posição, ficando melhor ou pior posicionado.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Projeção pros playoffs

Conversei com um pessoal nos últimos dias e eles pediram pra eu fazer a minha projeção da última rodada até os playoffs. Difícil, mas vamos ver que 'bicho' sai daí.

Última rodada - vencedor

Itaipuaçu Krakens x Valença Hunters - Krakens
RJ Islanders x UFF Federals - Islanders
Petrópolis Wolves x Andorinhas F.A - Wolves
Teresópolis Rockers x Volta Redonda Falcons - Falcons

Classificados na projeção:

1) Islanders // 2) Yetis - ambos já na semifinal

3) Federals // 4) Falcons // 5) Krakens // 6) Oilers

Jogos de Wildcard (mandante x visitante):

Jogo 1 - (3) Federals x Oilers (6) - vencedor: Federals
Jogo 2 - (4) Falcons x Krakens (5) - vencedor: Falcons

Semifinais:

Nas semifinais, diferente da NFL, os confrontos já são preestabelecidos. Na minha projeção os Islanders terminam em primeiro e os Yetis em segundo, ou seja, quem vencer do Jogo 1 enfrenta o segundo colocado e quem vencer do Jogo 2 enfrenta o líder. Então minha projeção ficaria:

Jogo 3 - (1) Islanders x Falcons (4) - vencedor: Islanders

Jogo 4 - (2) Yetis x Federals (3) - vencedor: Yetis

Final: 

(1) Islanders x Yetis (2) - campeão: RJ Islanders

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O último capítulo da novela

Itaipuaçu Krakens e Teresópolis Rockers fazem uma novela que está durando do dia 03 de agosto de 2014 até essa quarta-feira (22). Mas o Colegiado da LiFFA tomou sua decisão e se pronunciou oficialmente. Primeiramente foi enviada uma nota sobre a ausência da arbitragem na partida entre Wolves e Hunters no último dia 12 de outubro.

"A Liga Fluminense de Futebol Americano, vem através deste comunicado oficial justificar o não comparecimento da equipe de arbitragem para o jogo entre Petrópolis Wolves e Valença. Devido a uma falha de comunicação entre diretor de arbitragem e os times relacionados para apitar, não houve o comparacimento da equipe para o evento em ocasião. A Liga Fluminense de Futebol Americana pede desculpas a todos aos times envolvidos e aos torcedores pelo ocorrido, e promete melhoras na comunicação e escalação da arbitragem para os próximos jogos."

Por fim, o encerramento da novela, perante a Liga:

" A Liga Fluminense de Futebol Americano, vem através deste comunicado oficial explicar a situação que envolve a não realização do restante do jogo entre Teresópolis Rockers e Itapuaçu Krakens FA. Devido a recusa da equipe de Teresópolis a comparecer ao término do jogo entre as equipes, ficou definido, como previstoem regra, o 'abandono jogo'. O que resulta na perda do jogo por parte da equipe serrana, pela diferença de apenas 1 (um) ponto, neste caso, firmando o placar em Teresópolis Rockers 8x9 Itapuaçu Krakens FA."

O Itaipuaçu Krakens ainda não está classificado e fontes afirmam que serão punidos, ainda não se sabe como.

Os melhores do ano

A LiFFA está chegando na reta final, e todo mundo que tinha mostrar seu potencial já mostrou. Por isso, o Blog e Web Rádio Opinião F.A, se Deus quiser em parceria com a LiFFA, premiará os melhores do ano na edição de 2014 do único estadual de grama do Rio de Janeiro.

Os títulos serão de: MVP (Melhor Jogador do Campeonato); Melhor Jogador de Ataque; Melhor Jogador de Defesa; Atleta Revelação; Melhor Head Coach/Coordenador; Comeback do Ano; Melhor Jogo do Ano.

A votação:

Todos os atletas que jogaram pelo menos duas vezes na temporada estão elegíveis para quase todas as categorias acima, mas para ser revelação o jogador precisa estar em sua primeira temporada e técnicos, obrigatoriamente, precisam exercer somente essa função. Cada equipe da LiFFA terá quatro eleitores - com votos individuais -, além de um voto do grupo de jogadores - cada jogador mais votado em cada categoria recebe o adicional de um voto - outras pessoas relevantes em 2014 e ajudaram na manutenção do campeonato, blog ou rádio. A votação ocorre dos dias 03 de novembro até o dia 08 de novembro. O método é simples: não pode votar em ninguém do próprio time e quem tiver mais votos vence, mas em caso de empate, a campanha de sua equipe decide o prêmio.

A entrega:

Ainda está em aberto o dia da final da LiFFA, por isso, caso a final seja no dia 14 de dezembro, haverá uma confraternização da Liga, em uma cidade ainda sendo escolhida no dia 20 de dezembro, para que as placas ou troféus sejam entregues. Caso a final seja no dia 21 de dezembro, antes do inicio da partida serão entregue as premiações.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Canto do Coach - Matheus Wilbert

Seguindo com mais um Canto do Coach, o Opinião F.A dá o espaço para qualquer Coordenador ou Head Coach da LiFFA para apresentar seu trabalho, ideias e desvendar ataques ou defesas dos times do campeonato. Nessa semana temos o técnico é Matheus Wilbert do Teresópolis. Rockers.

Matheus já foi OC do Petrópolis Wolves, agora é Head Coach em Teresópolis, além disso, aplicará um training camp com a equipe do Linhares Panthers em novembro, lá no Espírito Santo. Wilbert montou um material muito interessante com o título: "Desvendando o sucesso do ataque 'à lá Oregon' que vem sendo exibido pelo Nova Friburgo Yetis". Desde já o Blog agradece ao Matheus por disponibilizar o material que produziu.

"O grande sucesso do ataque dos Yetis têm algumas razões. Primeiro o bom trabalho do Head Coach Bernardo Scofano, que exibe uma melhora muito significativa em relação ao final de 2013. A unidade ofensiva liderada pelo QB Zani tem tido muita eficiência nesta temporada, isso se deve a boa execução de simples conceitos e jogadas ensaiadas.

Vamos começar por algumas jogadas utilizadas contra o Giants United na primeira partida da temporada:
Temos na imagem acima o ataque dos Yetis alinhados numa formação 10 (1 RB, 0 TE) Esquerda Trips (3 recebedores na esquerda) com o RB posicionado no lado forte, colocando quatro elegíveis na sua esquerda e isolando o Z na direita. Mesmo com três recebedores na esquerda, a defesa de Itaperuna mantém apenas um CB naquele lado. Reparem que o LB daquele lado está olhando apenas para o QB, e o outro outside linebacker está posicionado numa área onde não há nenhum recebedor. Com isso fica óbvio que a defesa está posicionada para uma marcação em zona, especificamente uma Cover 2. Após fazer a leitura, Zani chama um shift do Outside Receiver X, que no caso é o camisa 81 Hiago. 

Veremos isto na imagem abaixo:



Observamos que a defesa mesmo após o shift permanece a mesma, e neste momento desenvolve-se o que chamamos de “Packaged Play”, ou seja, uma jogada que envolve mais de um conceito e que pode ser executada tanto com uma corrida quanto num passe. Observe que enquanto os recebedores percorrem suas rotas Zani mantém seu foco no Mike (LB do meio) onde, caso este jogador recue, ele entrega a bola para o RB Nathan número 28. Caso o LB permaneça em sua posição de defender a corrida, então Zani vai para o passe. 

Um dos grandes detalhes desta jogada é o stress que o shift do 'X' causa na defesa, colocando dois jogadores na zona de um defensor como podemos ver acima. O grande problema para o jogador em questão será determinar para quem vai o passe e, consequentemente, quem ele irá marcar.




Agora observem: Gabriel Zani decide segurar a bola e observa a progressão das rotas. Em ambos os lados temos dois recebedores na zona de um defensor. Na esquerda temos um jogador no Flat e outro livre numa Go Route. Já na direita temos o Z fazendo um Quick-Hitch In de 4-5 jardas e o X  numa Fade Route.

O resultado é um touchdown fácil do camisa 81, livre na lateral direita do campo.

Vamos agora a uma Triple-Option, jogada onde o QB tem 3 opções:
  1.  Handoff para o RB correr pelo meio (utilizando o componente do Read-Option)
  2. Ele próprio correr.
  3. Fazer um option para o Slotback que o acompanha aberto na lateral
Com as costas na parede, o ataque se alinha numa formação 12 Ace (1 RB e 2 TE sendo um de cada lado da linha). Antes do snap, Zani chama o motion do H que se torna um Slotback.

Neste momento, Zani tem a sua primeira tomada de decisão onde ele deve escolher se faz   o handoff para o RB ou se fica com a bola. Observem que o meio está congestionado e com exatos três jogadores atrás da linha esperando a entrega da bola para o corredor. Porém o camisa 80 acertadamente segura a bola e corre para a direita, onde também estará o 'H' que na imagem vemos se movimentar por trás da formação e em direção a lateral direita.
 
Zani progride e ao se deparar com a aproximação da marcação, faz o option para o H aberto na direita. No final, o jogador Henri que era o 'H' corre o campo todo para um TD de 70 jardas.

Agora vamos analisar algumas jogadas - novamente contra os Giants - sendo executadas desta vez fora de casa. 
Vemos aqui o ataque dos Yetis na formação 12 Ace tradicional.
É uma jogada simples de corrida com o componente do Read-Option. O QB tem a opção de correr pra esquerda ou entregar para o RB correr por fora da linha pela direita. A verdade é que a jogada foi muito fácil, Zani não teve dificuldades pra ler a jogada. Três bloqueadores contra um defensor é igual a corrida pra TD. Não sejam tão inocentes quando enfrentarem esta equipe! E sim, Zani correu para um TD fácil nesta jogada.


Agora vemos os Yetis na Goal-line dos Giants e utilizando uma formação com 5 recebedores (Backfield vazio):


Temos três conceitos nesta jogada:

Na esquerda: Smash, onde o Outside receiver faz um quick hitch para dentro e o Inside Receiver faz uma Corner Route pro canto da endzone.

Na direita: Double slants onde Outside e Inside receivers percorrem slants simultaneamente. E Stick, onde o RB posicionado como um 3º recebedor, corre para o Flat aproveitando o espaço deixado pelos outros 2 WR’s.
Com este desenho posso dizer que esta é uma “Packaged Play” onde pré-snap o QB deve avaliar qual é o tipo de defesa, se é por zona ou homem a homem. O lado esquerdo permite completar o passe para qualquer tipo de zona, já o lado direito permite completar o passe numa defesa do tipo Man, onde os WR’s fazem slants a frente dos seus marcadores permitindo um passe rápido e ainda levam a marcação pro meio, deixando a lateral aberta para uma passe no Flat para o RB. Com a leitura exata por parte do QB e com uma boa execução nas rotas e no passe, essa jogada se torna praticamente indefensável.

No fim, o Inside receiver da esquerda fica livre na Corner Route e marca o TD.


 



Acima vemos o ataque numa formação 21 (2 RB 1 TE) com o RB Nathan do lado esquerdo de Zani e com o H-Back Henri a direita dele. O TE em questão está posicionado a esquerda da linha deixando aquele lado mais forte.


Aqui está a arte de enganar por parte dos Yetis e a inexperiência por parte dos Giants. Amigos, temos um TE na esquerda e um RT correndo por trás da linha para aquele lado para aplicar um bloqueio chave (Isto se chama Trap, é um componente de uma jogada e não a jogada em si como alguns acham). É claro que a corrida será para aquele lado, porém o fake para o RB congela a defesa e permite que Zani entregue para Henri correr com facilidade para a esquerda como vamos ver abaixo:


Enfim, é um ataque que utiliza conceitos simples e alguns padrões de jogadas baseados em suas formações. Não vou dizer quais são as chaves pra vencer este ataque, isto fica para o jornalista Guilherme Cohen. Minha parte foi a de analisar o que este ataque tem feito de tão bom para manter o time invicto. Aí está senhores, o nome disso é ser eficiente e aproveitar os erros da defesa e explorar isto ao máximo. É o que eles fazem! Como sempre digo TAMO JUNTO!

Para contato: matheus_wilbert@msn.com"
 

Na próxima semana, mais um técnico da LiFFA, dessa vez, se tudo der certo, Bernardo Scofano.