Páginas

domingo, 31 de agosto de 2014

Voando para os playoffs

Numa tarde quente de futebol americano em Volta Redonda, nesse domingo (31),  os Falcons, venceram o Petrópolis Wolves por 20 a 06. Com o triunfo, o time da "Cidade do Aço" se tornou líder da Conferência Sul e começa a ver os playoffs de pertinho, enquanto os Lobos da Serra precisam vencer os dois jogos restantes e torcer por resultados na última rodada.

Monção (2) e Fábio Yeagashi (1) marcaram os touchdowns dos Falcons; Negueba descontou para os Wolves
Na próximo compromisso, a equipe de Volta Redonda viaja até a Ilha do Governador para enfrentar o RJ Islanders, mas antes os Insulanos encaram o Valença Hunters no próximo dia 7. Já a equipe serrana, enfrenta no dia 28 de setembro os caçadores valencianos. Se os resultados embolarem,emoção não vai faltar até a última rodada.

Gostaria de parabenizar a organização da equipe da casa que deu um show! Tudo muito bem organizado e feito para que os presentes tivessem momentos agradáveis no Campo do Flamenguinho. Do dj até a cabine de imprensa, foi tudo bem legal. 

Algumas coisas "diferentes" aconteceram no Vale do Paraíba. Primeiramente, com o delegado Thiago Valadão. Toda paralisação ele entrava no campo e "desfilava" pelo gramado. Confesso que nunca vi isso na vida. De acordo com ele foi ordem do presidente dos Hunters, Rafael Mello. Outro lance curioso foi em um momento de dúvida da arbitragem. A partida ficou parada dez minutos para que eles pudessem ler no livro de regras a aplicação de tal jogada. Mesmo sendo esquisito, foi legal. Pelo menos não arriscaram podendo errar. 

O último acontecimento merece um parágrafo só pra ele. No meio do segundo período, os Falcons estavam "com as costas na parede" e o center cometeu um illegal snap. Até ai tudo bem, mas após a aplicação o Head Coach Jeff Fromholz lançou uma flag avermelhada no campo. Comecei a misturar um sentimento estranho, afinal, a Liga não tem revisão de vídeo e faltas não são revisáveis. No fim das contas esse "paninho" só servia para chamar a atenção da arbitragem. Que coisa alternativa e divertida.

Vamos ao que interessa: a análise:

Volta Redonda Falcons (1-0):

Se definir é limitar, limito os Falcons como um grande time. Esse é um grupo encaixado, organizado e entrosado. Começando pelo jogo aéreo, o QB Bruno Monção teve um tarde de Edgard - jogador que ele respeita -. O baixinho conduziu a equipe ao resultado positivo e foi interceptado três vezes, além de correr quando necessário. Esse dono da camisa 11 vai "rabiscar" muita defesa com esse estilo de jogo multifacetado.      

No jogo terrestre, Diego Soares foi regular. Nessa partida ele recebeu melhor do que correu. Falando na recepção de passes, quem pensou que João Adolpho era "O Cara", se surpreendeu com o WR Lucas Fonseca. O camisa 19 pegou tanta bola que eu até perdi as contas. Dos wide receivers foi o melhor.

A atuação dos irmãos TE Yeagashi é de se aplaudir. Arthur e Fábio fizeram uma ótima partida, principalmente Fábio que em uma boa jogada de motion, recebeu um toss e foi para end zone. É necessário começar a olhar com outros olhos para esse corpo de recebedores.

A linha ofensiva fez o seu papel. Deu muito tempo para o quarterback passar e, quando necessário, correr. As jogadas de screen me chamaram a atenção. Eles correram para bloquear em segundo nível. Não esperava isso deles. Indo para a linha defensiva, o Douglas "Cachorro Louco" realmente é um animal. Hoje, um dos melhores defensive ends do torneio. Foram quatro sacks e dois tackles para perda de jardas. 

Nos linebackers, Eduardo - que também é kicker - saiu de ambulância com o joelho torcido. O jogador multifuncional não voltou até o fim do jogo e ainda não houve nenhum pronunciamento oficial sobre o caso. No restante, os linebackers foram bem. Gostei bastante da atuação do camisa 90 Vitor Leal. Vi que o DC Marcelo Arantes confia bastante nele, e o rapaz responde bem à confiança. Boas coberturas e um passe defendido.

Na secundária, muita garra, de verdade. Um dos mais velhos da defesa é o corneback Tadeu Mangelli e a idade não é empecilho para ele. Todo lance o camisa 14 estava grudado no marcador. Um outro destaque foi o defensive back da barbixa Quintanilha, número 42. Uma interceptação linda, subindo em uma bola que já era desacreditada pela defesa. Sensacional.

Petrópolis Wolves (0-2):

A derrota é ruim, mas não é o fim. Nessa tarde os Wolves conseguiram ver que há um bom quarterback sendo criado nos treinos. Murilo está se soltando, ganhando confiança e está se conhecendo melhor. Hoje, o novato sabe como precisa agir. Mesmo com a interceptação, ele conseguiu conectar uma big play de 55 jardas para o WR Negueba.

O ataque terrestre, dos dois times foi muito anulado, as defesas conseguiram pará-los muito bem. João 'Holyfield' podia ter produzido mais, mas pegou uma bola em cima do marcador. Coisa de 'mão de balde'. O running back precisa dos bloqueios para correr, se não a felicidade vai ficar longe.

No jogo aéreo, há bons recebedores: Molico, Negueba, Fabiano, Renan, Rodrigo. A questão que pega é o pouco tempo que a OL conseguiu dar hoje. Os adversários realmente foram superiores. Falando de linha ofensiva, pelo que foi visto, os próximos treinos precisam trazer mais entrosamento e tempo para o jovem Murilo lançar. 

Na outra linha, a defensiva, houve pressão, mas ela não era tão eficaz por causa da qualidade da OL adversária. Os linebackers foram bem. Pedro Augusto com bons tackles e Leão com uma interceptação chamaram a atenção.

Na secundária o improviso rendeu bons frutos. O coordenador ofensivo, improvisado de free safety Tiago Barbosa fez duas interceptações. Pro seu primeiro jogo está bom demais. Será que ele continua nessa nova saga defensiva?

Por fim, gostaria de agradecer ao espaço cedido pelo VR Falcons. No cantinho da arquibancada conseguimos montar a primeira transmissão da Rádio Opinião F.A. Deixo meus agradecimentos ao Douglas Torres, Bruno Monção, Friedmann Gerber (Pipa), Picolé, Luan e Patrick que fizeram dessa ideia algo mais acessível. Ainda teremos muito mais! 

sábado, 30 de agosto de 2014

O blog também é rádio

Quando comecei com o blog, eu não tinha nenhuma pretensão maior. Só queria escrever sobre NFL e LiFFA. Mas eu sempre tive um amor por locução esportiva. No começo de agosto, comecei a fazer um curso para aprender a narrar jogos e, hoje, é realidade.

Às 13h50, desse domingo (31), faremos o Abre o Jogo direto do Campo do Flamenguinho, em Volta Redonda. Ao lado do meu grande amigo Guilherme Flutt iniciamos a primeira transmissão da Rádio Opinião F.A. No link ao lado você vai acompanhar todos os lances do duelo entre o time da casa, os Falcons e o Petrópolis Wolves. Simultaneamente o resultado de Teresópolis Rockers x Andorinhas F.A e Macaé Oilers e Giants United.

Queira agradecer aos meus amigos pelo apoio com o blog e com a rádio. Ao Friedmann Gerber, vulgo Pipa, que ouviu minhas encheções de saco a semana toda e se disponibilizou a me ajudar. Então, para você que não viajar para assistir algum duelo da rodada tripla, já sabe onde encontrar futebol americano.



quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Um jogo para a história

No próximo domingo (31), às 14h, em Volta Redonda, a LiFFA começa a dar um passo maior no que diz respeito à sua divulgação. No duelo em que os Falcons recebem os petropolitanos do Wolves, o Opinião F.A fará uma transmissão ao vivo direto do Campo do Flamenguinho.

Os Falcons foram campeões de um torneio de flag em 2013, já os Wolves ficaram em segundo lugar na última edição da LiFFA (arte: Facebook/Falcons)
O link da rádio ainda será gerado, pois está na fase final de criação. Mas voltando ao foco principal da partida, esse confronto foi realizado pela primeira vez em 14 de abril desse ano, quando por falta de visibilidade, o jogo foi interrompido no inicio do terceiro quarto. O placar final apontou 2 a 0 para o time da "Cidade do Aço", mas "a prova dos nove" acontece no domingo.

Na primeira rodada, os Falcons passaram o caminhão em cima dos Hunters por 40 a 06, em Valença. Já os Wolves, foram atropelados, em casa, pelo RJ Islanders por 33 a 07. Esse duelo dominical pode começar a decidir o futuro da divisão. Na próxima rodada, Volta Redonda vai até a Ilha do Governador para enfrentar os Insulanos e os Lobos recebem a equipe valenciana.

Vamos à análise:

Volta Redonda Falcons (1-0):

Vindo de um jogo cheio de boas atuações, a confiança está em alta em VR. Bruno Monção foi o melhor jogador da Conferência Sul na última rodada, pois lançou para quatro touchdowns e uma interceptação. Isso mostra que seu estilo de jogo, hoje, não deve depender, exclusivamente, de suas corridas. O camisa 11 é bom de bola e surpreendente. A defesa adversária precisa se ligar que ele é um atleta multifacetado.

No jogo terrestre, Diego Soares teve uma boa atuação na semana passada, coroando sua ótima pré-temporada. Ele, além de ser um bom running back, complementa o estilo de jogo corrido de seu quarteback. 

Pelo ar, certamente, João Adolpho é o atleta que mais chama atenção. Sua estatura destoa do resto da Liga. Na pré-temporada foi muito ativado e deu um baile nas secundárias. Seu jeito de atuar dá a chance do QB fazer o próprio nome. Joga que ele pega.

A linha ofensiva é boa, mas um pouco lenta. Contra adversários rápidos passam um sufoco, mas são grandes fecham os "gaps" com maestria. A proteção para seu lançador quase sempre é bem executada. Do outro lado da linha, na defensiva, a vibração, garra e todo o motivacional do grupo fica por conta do defensive end Douglas "Cachorro Louco". Quem for ao estádio não se assuste ao ver um atleta com a camisa 44 batendo na parede do vestiário de forma abestada. Complementando sobre a DL: esse time pressiona muito e faz com que sete atletas se preocupem em marcar o passe. O trabalho do DC Marcelo Arantes já mostrou dar resultado.

Da secundária, destaco o FS Jefferson. Ele é muito veloz. As bolas penduradas se tornam quase um punt para que ele retorne. Além de tudo, se posiciona bem e passa uma segurança nas big plays. No special teams - que nesse jogo será primordial - o kicker e linebacker Eduardo fará muita diferença. Sua experiência de high school faz com que ele tenha aprendido bastante sobre como ser um bom chutador, apesar de ter errado alguns field goals fáceis. Junto de Henri, dos Yetis, ele é um dos bons da LiFFA.

Petrópolis Wolves (0-1):

Vindos de uma derrota acachapante, o elenco se mantém de cabeça erguida para buscar uma vaga nos playoffs. Sem três jogadores da defesa - Macleyver (WR), Celso (LB), Guilherme (LB) e Gall (DE) -, a equipe da serra vai desfalcada, mas não com menos vontade de vencer.

Após sentir o clima de um campeonato, o quarterback Murilo vai com mais segurança para esse jogo. Com um de seus bons alvos de fora, o novato precisa achar outras formas de surpreender o adversário. No jogo terrestre, a responsabilidade fica na conta de João "Holyfield". O camisa 43 fez uma boa atuação contra o time da Ilha e conquistou 87 jardas, sendo a maior investida de 28. Se os bloqueios entrarem, João dará mais passos na busca ao inédito MVP.

No jogo aéreo, pouca coisa mudou da partida anterior. Sem surpresas, mas dessa vez já há ciência do que não dá certo. Renan e os Zé Gotinhas podem colaborar para um jogo mais desafogado. Na OL, a composição é forte para proteger o QB da grande pressão que os Falcons farão.

Para defender, os Wolves tiveram que mudar toda a sua forma defensiva, afinal, os desfalques impõem mudanças drásticas. Ainda não há uma definição de quem cobrirá as lacunas deixadas, porém esse setor sempre foi forte e a marca registrada do time. A intenção é manter as características dos que restaram. Na linha defensiva, Kibe vem surpreendendo por seu pouco tempo no esporte e já mostrando resultados expressivos desde os amistosos.

No time de especialistas, haverá um revezamento nos chutes de kickoff, punt, field goal e extra points, devido ao desfalque. Esse setor será decisivo na hora que o jogo apertar.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Pedras no caldeirão

No próximo domingo (31), em Santo Aleixo, o Andorinhas recebe o Teresópolis Rockers no estádio mais hostil da Liga. A torcida da equipe alvinegra é apaixonada e sempre comparece em peso nos jogos do time. Esse duelo é válido pela Conferência Central e terá inicio às 14h.

Esse é o primeiro confronto das equipes na história (arte: Facebook/Andorinhas)
Os "Black Birds" terão seu primeiro jogo em casa. Quando estão em seu território é certeza de pressão os 48 minutos. Com o apoio da torcida o grupo tentará se reerguer no campeonato, pois perdeu na estreia para os Federals, em Niterói. Já a equipe de Terê busca se manter firme na busca pela invencibilidade, afinal, venceu no inicio de agosto os Krakens por 8 a 7, em uma partida recheada de polêmicas.

Vamos à análise:

Andorinhas F.A (0-1):

Nessa expectativa de jogão, a responsabilidade começa a cair nos ombros do quarterback Rodolfo. Essa partida é a que vai poder mostrar a real qualidade do camisa 7. Outro atleta que vai precisar aparecer é o HB Thiago Farinha. Apesar de ter feito um retorno para touchdown na rodada anterior, o corredor não produziu o quanto se esperava. Dessa vez ele terá que encaixar as investidas terrestres, mas novamente enfrentará uma defesa difícil.

Cacarlos e K9 são bons recebedores, mas precisarão de um dia inspirado da linha ofensiva e do quarterback. Qualidade tem, mas há vários fatores do jogo que podem ou não botá-los em ação. O primeiro citado é muito veloz, se der espaço ele "rabisca".

Em Magé, pra mim, o principal setor do time é a defesa. Você vê jogadores com qualidade em todas as posições. Na linha defensiva, Abdullah é o cara. Certamente, contra a OL deficiente do seu adversário, o defensive end, se estiver saudável, terá um tarde para atormentar a vida do QB dos Rockers. Gosto dessa formação de LBs com Thauan, Roger e Flávio. São atletas móveis e com muita vitalidade. Batem mesmo! Na secundária, destaco o caricata Matheus "Kinder Ovo". Muito rápido e com boa leitura de jogo. Abro um questionamento importante: será que Cacarlos atuará novamente de cornerback? Sua boa atuação na última partida pode trazê-lo para a vertente defensiva?

Os especialistas tem uma deficiência com pontuar - me refiro aos field goals e extra points -. Raramente os vejo marcando pontos. Prova disso é a derrota para a UFF, onde foi decidido pela falta de pontos nessas situações.

Chaves para a vitória: estabelecer o jogo terrestre e pressionar o quarterback adversário.

Teresópolis Rockers (1-0):

Embalado pela vitória em casa contra os Krakens, os Rockers vão até Magé com a moral lá em cima. Edgard teve uma boa atuação, mas pra variar, apanhou igual mulher de malandro. O primeiro MVP da Liga fez um touchdown de 50 jardas e mostrou que voltou a jogar em alto nível. Correr é preciso para não sobrecarregar o QB, mas com a contusão de Faguinho será mais complicado de ter um jogo terrestre de qualidade.

O lançador de Teresópolis tem um braço forte e, por causa disso, pode surpreender com as big plays. Mas para ter qualquer tipo de chance com os passes a linha ofensiva tem que dar tempo. Ed não é mais nenhum jovem 100%, então cada segundo que ele tiver será uma dádiva.

Se pelo lado de Magé a defesa é forte, a equipe serrana também tem essa vertente boa. Pica-Pau, Bonifácio e Highlander são os pilares da defesa e juntos organizam esse setor que castiga. Olho nessa secundária que pode forçar bastante turnovers. Nos especialistas, Teresópolis é o time que, provavelmente, mais fez fakes em jogadas de field goals e extra points na história da Liga, então é para os adversários ficarem de olho.

Chaves para a vitória: deixar o Edgard confortável e forçar o adversário a fazer punts.

Que não vire uma bola de neve

Os últimos acontecimentos da LiFFA mostram que o Colegiado está se tornando uma disputa política e de quem consegue lesar mais o outro time fora de campo. Tudo começa com um erro dentro das quatro linhas e termina em votação, em uma busca incessante de prejudicar alguém.

Torço muito para que essa bola de neve de punições pare de crescer. É muito feio para quem vê de fora ter um torneio que as "guerras" acontecem mais em Facebook do que em campo. Tudo começou quando eu pedi puni os atletas de Rockers e Hunters. Os dois constando em súmula. Quando foi minha vez, ambos não pensaram duas vezes antes de votar para que eu fosse punido. Ai, futuramente, talvez, os times afetados não terão pena de quem fizer uma bobagem. Assim, nossa Liga se tornará feia e pouco atrativa.

Agora que estão punindo quem tem de ser punido, vamos estabelecer uma regra fixa e parar de querer ferir o outro time. Daqui a pouco a LiFFA vira Tele-Sena e quem faz menos pontos ganha. Votemos com sabedoria e não com o ódio. Assim nossa Liga cresce e deixa de ser uma briga interminável.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cohen entrevista: Matheus Wilbert

O Opinião F.A sempre leva as informações e opiniões sobre o futebol americano no interior do Rio de Janeiro. Para levar outros pontos de vista para os leitores, inicio uma série de entrevistas com pessoas "que tem algo a dizer". 

Na estreia dessa série, o Head Coach Matheus Wilbert fala sobre desafetos, seu trabalho em Teresópolis, relação com o Wolves e sobre suas influências. O técnico, torcedor dos Broncos, mas amante das minorias como Jacksonville e Oakland, teve seu primeiro cargo em 2012 como Coordenador Ofensivo da equipe de Petrópolis, onde ficou até o inicio de 2014. Após essa passagem, Matheus traçou novas metas e fechou com os Rockers.

Matheus, além de Head Coach, também trabalha com o esporte nas escolas que dá aula.
Entrevista:

1- Como você vê o estilo de jogo do Rockers antes e depois da sua chegada ao time?


O que posso falar antes da minha chegada é que a equipe sempre foi muito forte, tanto que conquistou o primeiro título da LiFFA na casa, do então invicto, Blackstones. Quando cheguei muitos dos veteranos já haviam deixado a equipe, então comecei um trabalho de reformulação e captação de jogadores pontuais para disputarem posição e pressionar os veteranos a se esforçar mais nos treinamentos. De lá pra cá a equipe evolui bastante, principalmente em termos de entendimento de táticas e estratégias. Com o pouco tempo que tivemos foi difícil trabalhar fundamentos, tivemos que nos preocupar em instalar jogadas dos playbooks de ataque e defesa e corrigir erros estratégicos em treinos e principalmente nos jogos.

2- Certamente, hoje você é o técnico com mais cursos realizados na USA Football. O quanto isso é um diferencial para você em relação aos outros técnicos da LiFFA? 


Os cursos servem como uma ferramenta a mais para me preparar e poder ensinar coisas novas, além de poder proporcionar um ambiente de treinamento e de jogos que deem confiança para meus atletas, de forma que eles sintam que estão preparados.

Aconselho a qualquer treinador que faça o mesmo, se especializar é sempre bom, nunca saberemos tudo mas podemos buscar cada vez mais conhecimento. E outra maneira de me manter atualizado é através de conversas constantes com treinadores, principalmente americanos, que sempre tem boas ideias para me dar e cabe a mim avaliar cada uma e ver o que é necessário executar ou não.

3- Você é um dos técnicos mais falados do campeonato e, certamente, um dos mais polêmicos. Como você vê a sua relação com os outros dez times da LiFFA?
 
Esta pergunta é interessante. Sei que sou falado, de forma muito negativa, porém isto começou quando um membro da LiFFA começou a querer me contestar e a contestar meus métodos. Não me arrependo de nada do que fiz, fui o primeiro a trazer um treinador do Rio para participar da meu Staff, que no caso foi o Claudio, que, hoje, é uma das pessoas mais respeitadas na Liga. Fui também o primeiro técnico a mudar de equipe, um ou outro quis julgar a situação dizendo que fui para um rival mas a realidade que a partir do momento que você não quer uma pessoa, não pode reclamar de onde ela vai parar depois. E fui também pioneiro no quesito contratações, coisa que depois de mim vários times começaram a fazer o mesmo. Só pra citar, desde que estou nos Rockers pelo menos cinco jogadores meus já foram convidados por outros times. O que mais convidou foi o Andorinhas, mas isto não me desagrada, significa que outras equipes valorizam o potencial dos atletas dos Rockers.

Enfim, me vejo como um cara que pensa a frente, não podemos pensar na LiFFA como um torneio de cidades onde que um cara de uma cidade não pode tentar a sorte e ir para outra. Não! O pessoal não quer a liga mais atrativa e mais chamativa? Deixem ela evoluir! Ideias e mentalidades novas só têm a contribuir para o crescimento da liga. Com base no crescimento dela, criei no final de 2013 a equipe do Cordeiro Tigers. A princípio era uma forma de colocar a molecada da cidade em contato com este esporte nunca praticado antes por eles. Com os treinos vieram cada vez mais jovens interessados e a partir daí busquei auxiliar a equipe para no futuro fazer parte da LiFFA. Inclusive, a equipe de Cordeiro estará em Teresópolis no mês de Outubro para participar de um scrimmage com os Rockers. 

4- Seu primeiro time foi o Petrópolis Wolves, onde ficou dois anos e foi vice-campeão, o que essa equipe significa para você?

Significa muito, só tenho a agradecer aqueles que me deram a oportunidade de participar desta equipe. Tive muitas alegrias lá, ajudei o time a se desenvolver, participei na formação de vários atletas hoje consagrados na LiFFA e não tenho nada contra a equipe, apenas não concordava com a forma de conduta de um atleta e para não criar problemas preferi buscar meu espaço em outro time, no caso, os Rockers. 

5- Durante a pré-temporada, o quarterback Drake teve um grande número de atuações como quarterback, além de participar em outras posições do setor ofensivo. Muito se falou da disputa de vaga entre Edgard e ele. Se Drake não tivesse saído do Rockers, quem seria o titular?

Edgard sem dúvida nenhuma. É engraçado como é fácil manipular opiniões neste liga com o simples fato de não colocar meu QB titular pra jogar no 1º amistoso do ano. Disseram que havia briga entre mim e Edgard, só que isso é pura mentira, Edgard me trouxe ao comando do Teresópolis Rockers e nunca tivemos problemas desde então. Um fato engraçado foi quando um atleta disse que o Edgard e o Farnum revelaram a ele um profundo descontentamento com minha maneira de comandar os Rockers. O que o atleta não sabia é que os dois estavam brincando, e naquele mesmo dia, enquanto eles estavam conversando em Niterói, eu estava fazendo meu primeiro treino com a equipe, ou seja, pegadinha do Mallandro pra você!

Agora sobre o Drake, a intenção de leva-lo foi de ter um fator surpresa, coisa que ocorreu no 1º amistoso, quando ele lançou pra 1 TD num fake FG, recebeu três ou quatro passes como WR e ainda conseguiu uma conversão longa de 4ª descida num fake punt que ele correu muito bem. Ele é um cara versátil e eu gosto de versatilidade.

6- Você já levou o time em três jogos, sendo que saiu vitorioso em dois e perdeu um. Está invicto em casa e em segundo lugar na divisão. Em sua opinião, o que ainda faz os bastidores da LiFFA apontarem que o presidente do Rockers não gosta de você como o comandante da equipe?

Primeiramente, não sei quem é o presidente dos Rockers. Mas com certeza, se ele tem acompanhado meu trabalho nos treinamentos, durante a semana, fazendo scouts, enfim, se ele tem visto que estou cumprindo todas as obrigações de um Head Coach, ele sabe que estamos no caminho certo. E não considero que tenho três jogos, tenho apenas um. Amistosos só tem uma serventia, que é a de criar discussões entre as outras equipes.


7- Em tempo de técnicos que são ousados, conservadores, inovadores, entre outras características, em qual estilo se encaixa Matheus Wilbert e qual treinador serve de inspiração pra você? 

Me considero um treinador ousado, sempre jogo com tudo, por isso na época de Wolves dificilmente chutava uma bola em uma 4ª descida. Só fiz contra os Yetis para ganhar o jogo uma vez e para perdê-lo em outra. Serve como aprendizado para dosar a ganância pela vitória. Um treinador que sempre me inspirou foi o Jon Gruden, primeiro nos Raiders onde ele fez um trabalho espetacular e depois nos Buccaneers onde ele conquistou um Super Bowl. Gosto dele por ser um cara de opiniões fortes, um cara determinado que sabe o que tem de ser feito mesmo que os outros digam que está tudo errado. E um fato que sempre admirei nele foi a qualidade para trabalhar seus QB’s. Sempre quis aplicar métodos parecidos para desenvolver meus QB’s e acho que fiz um milagre com o Drake, que virou QB em três sábados antes da estreia na LiFFA 2012 e encerrou a passagem dele com uma baita partida na final do ano passado, infelizmente não saiu o título por conta de alguns erros coletivos mas agora ele está bem e jogando full-pads.


8- O Teresópolis Rockers está na divisão mais equilibrada da Liga. Todos na divisão têm chances de passar e até agora as duas partidas que aconteceram foram decididas por menos de uma posse de bola. Como você desenharia a classificação dessa Conferência na última rodada?

 Vou falar sobre possibilidades. Se vencermos a partida de domingo estamos classificados. Se os Federals vencerem a partida deles, eles se classificam. Depois temos a partida contra os Federals valendo a primeira colocação do grupo. Estamos trabalhando em cima disso e é a oportunidade que temos!

9- Caso o Rockers já esteja classificado e o Wolves precise da vitória da equipe de Teresópolis contra o Falcons para que o time avance de fase. Qual o seu discurso para seus jogadores?

A grande questão aí é a seguinte: não importa qual time pode se beneficiar ou não com o jogo. O que importa é que é um jogo válido, não é amistoso. Se é valido queremos ganhar! Vitória é vitória, o que vier pela frente não importa, temos que fazer nossa parte.

 Agradeço ao Matheus pela entrevista, pois sei que seu tempo é corrido e teve que arranjar uma brecha nos seus horários para que as perguntas fossem respondidas.  

 

 
 

 


 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Onde começa a redenção

No próximo domingo (31), o Macaé Oilers viaja até Itaperuna para enfrentar o Giants United. O duelo acontecerá às 14h, no Centro Poliesportivo. Quem vencer começa a ver a chance de ir para os playoffs mais de perto, além de encostar no líder Nova Friburgo Yetis que está com duas vitórias e nenhuma derrota.

Esse será o primeiro confronto da história desses times (arte: Facebook/Giants)
Na abertura do campeonato, os Giants foram até a região serrana para enfrentar os atuais campeões. Por causa do número reduzido de atletas, muitos jogadores dobraram no ataque e na defesa. Com algumas coisas confusas e erros bobos, os time perdeu de 39 a 0. Já a equipe de Macaé, em uma tarde quente em Conceição de Macabú, deixou a vitória escapar pelos dedos. Sofreram uma virada de 27 a 3 para 31 a 27. Por isso esse jogo tem ingredientes que podem tornar o duelo mais dramático.

Vamos à análise:

Giants United (0-1):

Essa equipe deu muito azar de cair em uma Conferência com dois prováveis semifinalistas, mas o mando de campo pode valer e conseguir atrapalhar a vida dos rivais. Dizem nos bastidores do campeonato que o Giants tem bastante atleta que ainda não estreou. Será que eles são os caras que farão a diferença no rumo deles na Liga?

A indefinição do quarterback é um grande problema, mas ter um alvo grande como Germano Netto é o que tranquiliza o grupo em Itaperuna. O jogo corrido não é estabelecido e para não depender de um ataque aéreo deficiente, você precisa encaixar as investidas terrestres. A linha ofensiva até que consegue proteger, mas ai caímos no problema do QB novamente. Não adianta ter tempo se ele não encontrar o recebedor.

Atenção, Giants! Defender é mais do que necessário. Os Oilers passaram das 250 jardas no último jogo e seu time estará desfalcado de um dos seus principais corners, Yuri Miranda, a atenção será redobrada. Por favor, se vocês quiserem ganhar o jogo, parem de colocar cinco atletas na linha defensiva em situações comuns que não exijam essa formação. Isso seria o primeiro passo.

Chaves para a vitória: encaixar o jogo terrestre e não sofrer turnovers.

Macaé Oilers (0-1): 

Se Macaé jogar da forma que fez os 27 pontos no primeiro tempo, as chances do Giants reduzem. O time é completo. As posições que eu via deficiência foram preenchidas com qualidade. Hoje eu posso dizer que o Gabriel Lazaro é um bom quarterback, pois tem presença, cabeça e um bom braço. No jogo terrestre não quero nem imaginar o estrago que o Diogo pode fazer. São mais de 100 kg com velocidade. Aos físicos, deixo a imaginação do impacto.


A vertente aérea é bem estabelecida. Muito disso também se deve aos recebedores. Bruno e Daniel Antunes jogam demais. Se a bola chegar neles é big play. Somados em dois jogos, eles tem 280 jardas. A linha dá tempo para que o camisa 10 lance. Agora é só botar em prática o que é exaustivamente treinado.

Não citarei os times de especialistas de ambos, pois acho que não serão fundamentais nesse jogo. Não podemos tampar nossos olhos. Hoje, Macaé é mais time, mas o futebol americano é surpreendente.

Chaves para a vitória: castigar o adversário correndo com a bola e surpreender com as big plays.

Palpite: Giants United 06 @ 32 Macaé Oilers

domingo, 24 de agosto de 2014

O caminho para a renovação

O Nova Friburgo Yetis, atual campeão da Liga Fluminense de Futebol Americano, está com duas vitórias e nenhuma derrota nesta edição do campeonato, mas já que não tem rodada nesse domingo (24), o destaque da equipe friburguense é a categoria de base: os Pinguins.

A equipe é treinada por dois atetas do elenco principal (arte: Gabriel Zani)
Criado em 2013 pelo jovem quarterback Allan Vieira, a categoria de base surgiu após ele já gostar do esporte e descobrir que havia uma equipe da modalidade na cidade. Envergonhado, Allan ficou criando coragem para mandar a mensagem perguntando se ele poderia ser integrado ao elenco. Após ser bem recebido, o QB, junto de outro amigo, começou a chamam alguns garotos da mesma faixa etária e quando notou já haviam seis atletas. Depois de perceber que o número de praticantes só aumentava, foi dada a ideia de criar uma categoria de base e assim surgiram os Pinguins.

Allan, QB, e Thiago, Center, escalados pro amistoso contra Macaé (foto: Fernando Lima)
Atualmente, 18 jogadores abaixo de 16 anos treinam no Campo do Pastão, em Conselheiro Paulino. Um atleta já "subiu" para o time principal, sendo ele o defensive back Gabriel Cerbino. Aconselhados pelo Japão, wide receiver, e Luiz Carlos, cornerback, todo sábado os futuros jogadores do Yetis buscam aprimorar os fundamentos básicos. Allan, também um dos idealizadores do projeto, admitiu que gostaria de saber se há outros times com um intuito parecido com o deles, pois seria interessante realizar um amistoso.

No meu ver, para o Yetis, isso é maravilhoso. Você ter um trabalho de continuação de um time que já é antigo em Nova Friburgo. Parabenizo o Allan pela iniciativa, além de desejar sorte e sabedoria. Quem sabe em um futuro próximo teremos talentos vindo da base.

*Chamada Pinguins*

https://www.youtube.com/watch?v=3IFrpc3Smkw&feature=youtu.be 

sábado, 23 de agosto de 2014

Punição pro "rapaz do blog"

Quem diria que eu seria personagem de uma matéria que escrevi, ainda mais de uma forma negativa. Como jornalista ou pseudo jornalista - como dizem na Cidade de Teresa -, tenho que ser imparcial, e serei. No dia 03 de agosto, em Petrópolis, Wolves e Islanders estrearam na LiFFA. Um jogo ruim para o Wolves, realçado pela qualidade da equipe carioca.

Naquela ocasião, nada deu certo para os Lobos. Muita gente perdendo a cabeça, inclusive eu. Não conseguia ver meu time daquela forma, além de não acreditar que uma arbitragem que teoricamente estava preparada, mas que foi frouxa. Pirei. No fim do terceiro período cheguei em um ponto que nem eu imaginei que chegaria. Agredi um atleta com dois socos. Foi uma atitude ridícula, baixa e tosca.

Peço milhares de desculpas ao atleta Gabriel Bueno, no qual foi a vítima de uma agressão desnecessária. Pois bem, imagina-se que eu tenha sido ejetado, mas não fui (?). Crê-se que essa brutalidade tenha ido para a súmula, não foi. Isso impressiona.

Cerca de 15 dias depois do jogo, chega aos meus ouvidos que me indiciaram e estavam pedindo uma punição, justo. Logo de imediato pensei que fosse a arbitragem do Andorinhas querendo fazer justiça por desencargo de consciência, mas não foi. O senhor Marcelo Arantes, coordenador defensivo do próximo adversário do Wolves, o Falcons, pediu para que fosse analisado um vídeo no qual eu agredia o camisa 89 dos Insulanos.

Achei impressionante. MUITO tempo depois do jogo pedem que eu seja suspenso. É certo me punirem, mas há falhas no regulamento do campeonato e manobras feitas para que eu pudesse "pegar um gancho". 

Veja bem, caro leitor: No inicio do campeonato foi estabelecido pelo Colegiado - cúpula que toma decisões sobre a LiFFA - que seria PROIBIDO usar vídeos para que algum atleta fosse julgado e apenas a SÚMULA valeria como registro de alguma atitude incorreta. Após o jogo entre Wolves e Islanders, depois da Liga toda já saber do ocorrido, mudaram as regras sobre o uso de vídeos e a partir de então foi LIBERADO esse recurso.

Questiono se houve medo da parte de Volta Redonda para fazer isso, mas tento acreditar que não, afinal, estou fora de forma e minha melhor fase já passou. Mas embasado em qual argumento eles mudaram essa legislação, que nas palavras do diretor jurídico do Nova Friburgo Yetis, Felipe Greff, é ilegal mudar o regulamento no meio da competição.

Se não tinha nada na súmula e vídeo não pode ser utilizado, por regra, meu soco não existiu e, sendo assim, não haveria punição. Pois bem, acho que deveria haver punição só que tudo isso é meio confuso e nebuloso. A partir daí surge outra pergunta: como fica nos jogos que não forem filmados e acontecerem situações idênticas? A súmula vai valer nessa ocasião e o "disse-me-disse" será forma de avaliação?

Gostaria de levantar uma questão polêmica e de reflexão: no jogo entre Yetis e Giants, válido pela abertura da LiFFA, o atleta Yuri Miranda, camisa 23, agrediu o quarterback Gabriel Zani com um soco. O infrator foi ejetado, relatado em súmula e ficou tudo como está, pois não há vídeo, já que não valia nada audiovisual. Uma semana depois ocorre algo idêntico só que com proporções maiores. Seria o peso do conhecimento de um atleta ou outro?

Após esse burburinho todo, falaram que os atletas de Rockers e Hunters teriam a pena reduzida. Curioso. Ambos, assim como eu, poderiam ter causado um estrago irreversível, só que eles foram julgados como "lance de jogo". Ai você pergunta: mas Guilherme, nos dois tinham vídeos acusando. Te respondo, exato. Mas as duas faltas pessoais flagrantes estão em súmula e no mesmo momento os rapazes foram ejetados.

Seguindo, devo ser punido em dois jogos. Justo, mas com as dúvidas já registradas acima. Como estarei suspenso, não apitarei os jogos em que o Wolves for escalado até a data da minha volta aos gramados, assim como os demais membros da minha equipe 1. Disponibilizaremos os grupos mais jovens para que adquiram mais experiência. Volto no jogo contra o Andorinhas, mesmo que esteja eliminado, classificado ou buscando a vaga, será um momento incrível!

Muitos talvez não quisessem ler isso, mas eu fiz o que o cornerback do Rockers Bernardo Bonifácio me disse no arbitral: "Opinião você guarda pro seu blog". Me escorando nessa dica, resolvi passar para cá os pensamentos e desculpas. Vale lembra que em breve devo postar mais coisas sobre essa punição.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Destaques da Semana - A rodada dos camisa 11

A LiFFA tá ficando mais legal a cada rodada. No último domingo (17), tivemos três jogos: Yetis @ Oilers; Andorinhas @ Federals e Falcons @ Hunters. Os dois primeiros foram decididos em menos de uma posse de bola. Agora com todo mundo já tendo feito pelo menos um jogo, começamos a identificar os bons talentos dessa Liga.

Não teremos rodada no dia 24 de agosto, mas já temos os destaques da Semana 3:

Conferência Norte:

Raonni também já foi quarterback do Yetis (foto: Thiago Bueno)





A LiFFA teve sua primeira "Batalha dos Aflitos", e foi no duelo entre Oilers e Yetis, em Conceição de Macabú. O jogo foi decidido no final e o time visitante saiu com a vitória por 31 a 27, pontuando quando faltavam 59 segundos.

O quarterback Gabriel Zani teve uma grande quantidade de recebedores para lançar, mas o jogador que teve mais destaque naquela tarde foi o TE Raonni Venturino. Desde o começo do jogo recebeu muitos passes, só no primeiro tempo foram seis passes lançados em sua direção. Vale lembrar que naquela altura do jogo nada dava certo para a equipe da serra, a não ser os passes no camisa 11.

Esse atleta já vem fazendo um bom trabalho faz tempo, mas aos poucos vem se tornando uma bola de segurança. Quem for enfrentar os atuais campeões vai precisar de uma atenção redobrada com esse jogador.

Conferência Central:

Cacarlos é wide receiver mas se destacou como defensive back (foto: Gustavo Valentino)

O Andorinhas perdeu em Niterói, mas quem já vem fazendo boas atuações e consagrou o time, foi o wide receiver e, agora, também defensive back Cacarlos. No duelo contra o Federals fez uma interceptação com retorno de 80 jardas e fez algumas recepções.

Cravo que ele é o melhor recebedor dessa equipe, mas no domingo passado, o coordenador defensivo Serjão pediu para ele fazer um "bico" na defesa, já que os passes estavam entrando. Será que o camisa 11 vai começar a dobrar?

Conferência Sul:

Monção foi MVP da Liga de flag football em 2013 (foto:divulgação)
No duelo nada equilibrado em Valença, o Volta Redonda Falcons passou o carro no Hunters por 40 a 06. Não estive presente, mas com todos que conversei falaram que tudo deu certo para o time da "Cidade do Aço". Coroando a boa atuação do time, principalmente a do ataque, destaco o quarterback Bruno Monção.

Ele não é o estilo de quarterback que eu gostaria de ter no meu time, mas faz um estrago correndo e nesse jogo estava iluminado nos passes. Foram quatro touchdowns e uma interceptação para o camisa 11. Seu próximo desafio é contra o desfalcado Wolves. De acordo com o próprio Monção, ele quer provar que é um quarterback com um bom braço. Será que surge um novo grande quarterback?
 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

LiFFA é solidariedade

A nova sensação da internet, o Ice Bucket Challenge, está em alta nas redes sociais. O desafio consiste em entornar um balde de gelo no próprio corpo, além de desafiar mais três pessoas. Essa brincadeira pode parecer sem nexo, mas ajuda nas pesquisas de uma doença irreversível: Esclerose Lateral Amiotrófica.

Os atletas do campeonato seguem com tentativa de outras ações sociais.
Personalidades, jogadores e artistas de todo o mundo entraram nessa grande corrente e na LiFFA não foi diferente. Os atletas se reuniram para ajudar o Centro Educacional Terra Santa, em Petrópolis. A instituição de ensino ajuda crianças e idosos que estão em risco social na cidade e redondezas.

Quem deu o pontapé inicial para movimentar no Mundo da LiFFA foi o running back do Macaé Oilers, Nivaldo Júnior. A esperança é que todos os atletas, técnicos, diretores e envolvidos com a realização do campeonato consigam realizar o desafio e doar. Aos desafiados que realizarem a doação será de R$ 10, já os "arregões" doarão R$ 100. Cada um tem o prazo de 72 horas para postar o vídeo com a missão cumprida.
 
Ice Bucket Challenge:

Nivaldo Júnior - Macaé Oilers - http://goo.gl/7ojmiR
Ícaro Alves - UFF - Niterói Federals - http://goo.gl/YbrNKz 

Para quem quiser doar qualquer quantia a conta é:

Centro Educacional Terra Santa
AG. 3403
Conta 31841-8
Bradesco



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Jogando como campeões

Mandando o jogo em Conceição de Macabú, o Macaé Oilers recebeu nesse domingo, 17, o Nova FriburgoYetis. O duelo marcou a estreia do time da cidade do Petróleo na LiFFA, mas quem saiu com a vitória por 31 a 27 foram os "Homens de Gelo".

Agora com duas vitórias e nenhuma derrota, a equipe da Serra começou o jogo em marcha lenta, pecou em coisas fundamentais que ninguém nunca os viu errar, sendo assim, o adversário aproveitou suas falhas para pontuar. Ao fim do primeiro tempo o placar marcava 27 a 3 para a equipe da casa. 

Tirando forças de onde não se tinha, o Yetis iniciou uma reação no terceiro período e os passes do quarterback Gabriel Zani começaram a conectar. No final do jogo, já com os refletores acesos, o time friburguense conseguiu encostar e deixou sua desvantagem em apenas uma posse de bola. Estava 27 a 24 para o Macaé, a equipe estava com a bola no meio do campo e ao invés de fazer o punt, resolveram tentar uma investida pelo meio do campo com o FB Diogo. Turnover on downs, bola pros atuais campeões.

Em uma campanha de um minuto e um segundo, "Zani Manziel" distribuiu a bola para quatro alvos diferentes e conseguiu chegar perto da end zone, mas as faltas faziam a equipe voltar. Restando um minuto no relógio o passe de 25 jardas foi conectado com o jovem talento Lucas Storck e uma virada de campeão aconteceu no Estádio Rio Branco.

O primeiro tempo terminou 27 a 3 para o Oilers (foto: LiFFA)
Não faltou emoção, não faltou qualidade, não faltou NADA! O fino da bola oval foi jogado em Conceição de Macabú. Antes de fazer a análise algumas coisas precisam ser destacadas: a organização do local - gramado, marcação de campo, iluminação artificial, arquibancada, cabine de imprensa - foi maravilhosa; os dois times jogaram se respeitando demais; a arbitragem era inexperiente mas conseguiu conduzir o jogo sem problemas. Quero desejar melhoras ao jogador mais esforçado da Liga e meu amigo pessoal: Vovô. O safety sofreu uma contusão séria no joelho e, provavelmente, não joga mais esse ano. É torcer para que a carreira não chegue ao fim. Estamos com você, amigo! 

#Partiu #Análise:

Macaé Oilers (0-1):

Que time é esse? Desde o começo fui surpreendido. Confesso que esperava muito menos do QB Gabriel Lazaro, mas a postura que ele apresentou hoje é pra ser aplaudida de pé. Passes com confiança, playactions maravilhosos, força no lançamento. Gostei muito. 

O ataque terrestre emplacou legal. O RB Fernando e o FB Diogo formaram uma dupla sensacional. O running back baixinho quebrou tackles, fez cortes, entrou muito bem nos gaps, jogou demais. Desafiando as leis da física, o fullback deu uma aula de como arrastar os adversários. Quanta força nas pernas e, mesmo fora de forma, mostrou uma velocidade acima da média. Lembrou até o ex-corredor de Pittsburgh Steelers, Jerome Bettis.

Esperava bastante do WR Daniel Antunes, acreditei que o americano Patrick faria aparições como tight end, mas quem deu um show e fez um caminhão de jardas foi o novato Bruno Oliveira. O camisa 80 marcou dois touchdowns (70 e 74 jardas), além de fazer uma outra recepção de mais 12, somando 156 jardas totais. Que garoto para big plays!

Mesmo falhando nos últimos períodos, a defesa foi muito bem. Com Patrick de um lado e o Dalmo do outro, a pressão era enorme, sem contar que o segundo mencionado é uma "torre humana" e atrapalhou bastante a visão do quarterback adversário. Um detalhe importante nessa defesa é a precisão nos tackles. Ninguém errava esse fundamento e sempre chegava mais de um pra colaborar na derrubada. Esse time tem futuro.

Nova Friburgo Yetis (2-0):

Da água pro vinho o time conseguiu restabelecer seu ritmo e estilo de jogo. O ataque aéreo foi bem quando precisou. Gabriel Zani lançou a bola para vários alvos diferentes: Hiago, Japão, Raonni, Lucas e Nathan. Essa diversidade e qualidade dos recebedores foi o que fez a diferença. O quarterback baixinho tem seus méritos e qualidades que poucos possuem no campeonato: maturidade e segurança.

Seguindo com o jogo aéreo eu destaco dois caras que foram maravilhosamente bem nessa tarde: Raonni e Lucas. O primeiro jogou muito, uma verdadeira bola de segurança. Dominou a defesa adversária com seus "bubble screens". Já quando a chapa esquentou, o novato Lucas Storck segurou a pressão. O camisa 15 recebeu muitas bolas e fez o touchdown que deu a vitória aos friburguenses. 

O jogo terrestre demorou pra encaixar. Nathan Zebendo continua crescendo de produção a cada jogo e se aumentar ainda mais de nível pode ser um dos candidatos ao MVP. Não entendo o que está acontecendo com o Bessa. Era um pilar do time e parece que perdeu espaço. É uma questão que não assimilei bem ainda.

A defesa foi muito mal no começo do jogo, perdeu o linebacker Kaká que saiu no fim do primeiro período dentro da ambulância com uma possível contusão na perna. Surpreendemente, o camisa 21 voltou e a garra que faltava no setor voltou junto. Com tackles precisos, determinação e sabedoria de quem já foi campeão, o Nova Friburgo Yetis fez valer o peso da camisa.

A única certeza que fica é que em Friburgo, o jogo de volta vai pegar fogo e tem todos os ingredientes para que seja uma tarde tão emocionante quanto esta.




quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O primeiro passo para liderança

Por conta de um evento no seu campo principal, o Macaé Oilers mudou seu mando para Conceição de Macabú, onde enfrentará o Nova Friburgo Yetis, no próximo domingo (17), às 14h. As duas equipe estão na Conferência Norte e, provavelmente, quem vencer dá um passo para ser o líder do grupo até o fim da temporada regular.

Vejo Oilers e Yetis como times mais preparados para a pós-temporada. O Giants United têm alguns bons talentos e se tiverem uma continuidade poderão dar passos maiores. Voltando para o duelo dominical, Macaé e Nova Friburgo já se enfrentaram esse ano e o resultado foi favorável para os "Homens de Gelo", na ocasião, o placar ficou em 19 a 13. Vale lembrar que esse jogo aconteceu em março e em alguns momentos atletas do Oilers e Yetis se desentenderam, mas ambos os times já afirmaram que não haverá qualquer tipo de confusão no próximo confronto.

Vamos à análise:

Macaé Oilers (0-0):

Estreantes e com uma enorme vontade de vencer, o Macaé Oilers entra no campeonato já em um possível cenário de playoffs. Foram apenas dois amistosos, mas o time da "Cidade do Petróleo" mostrou muita força em ambas as oportunidades. Mediu forças contra o atual campeão mas perdeu por pouco (19-13), além disso enfrentou o Federals e venceu por 16 a 2.

O ataque dessa equipe mudou bastante desde a última vez que eu vi. Mas alguns pontos não devem ter mudado. O quarterback Gabriel Lazaro é a esperança nos passes, mas o camisa 10 adora sair do pocket e fazer corridas. Pelo chão, não conheço o novo running back, mas fontes afirmam que é um trator. Será isso mesmo? 

Os recebedores são bons. Daniel Antunes é o alvo favorito e fez um touchdown de 70 jardas contra Niterói. O WR já tem seu nome mencionado nos bastidores da LiFFA. Para encerrar o assunto referente aos recebedores, quero parabenizar o jovem Daniel Magrina. Sempre que é mencionado nas minhas conversas com os atletas do Oilers é lembrado pela sua dedicação, vontade e amor ao esporte. O baixinho não é um grande recebedor, mas na raça tudo é possível.

Na linha ofensiva e na defensiva há um revezamento, mas isso não tira a qualidade dos jogadores. A OL é boa e dá tempo para o QB lançar. E na DL, liderados pelo americano Patrick Ribeiro, essa parte da trincheira deve pressionar demais, pois essa agressividade não vem só do Pat. Um jovem talento que deve ser observado é o defensive end Ivo. Fontes afirmam que ele é muito alto, forte e rápido. Os Yetis vão suar a camisa para proteger Zani Manziel.

Nova Friburgo Yetis (1-0):

Com um ataque diferente do que foi campeão em 2014, o Yetis tem o novo velho quarterback: Gabriel Zani. Ele é o responsável por levar o time aos triunfos. O baixinho teve uma boa atuação na estreia, mesmo que os números não mostrem isso. Ele foi seguro, teve uma boa leitura e sabia se movimentar dentro do pocket. Mostrou uma postura de quarterback.

O jogo corrido tem muitas opções. Nathan, Bessa, Salim e até o Zani. A variedade nas opções de corrida e no estilo de correr são variadas. Destaco o primeiro citado acima como o principal corredor. Ele vem em uma crescente e todo jogo faz boas e longas corridas. Isso é o que o Yetis precisa para desafogar o passe.

A linha ofensiva é boa, mas vai precisar mostrar o fino do seu potencial no domingo. Já na DL, Daniel Moura deu um show no último jogo, e se repetir a atuação, Macaé terá pouco tempo para lançar a bola. Na secundária, Ramon é o rapaz do imã. Todo jogo faz uma interceptação. O Yetis tem uma boa defesa e que bate firme, se não cederem jardas ao adversário poderão ter uma tarde agradável.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Tudo pelo equilíbrio em Niterói

Pela Conferência Sul, a equipe do UFF-Niterói Federals recebe o Andorinhas F.A, no próximo (17) domingo, às 14h, no Campo do Gragoatá, em Niterói. O confronto marca a estreia das equipes no campeonato e reedita um duelo que gerou bastante polêmica em um amistoso no ano passado. Quem vencer já dá um bom passo para avançar rumo à pós-temporada, pois o grupo não tem favoritos e qualquer tropeço pode ser decisivo no final.

A pré-temporada do time da Universidade Federal Fluminense teve confrontos contra times muito fortes e por isso conseguiu testar seu elenco. Foram três derrotas: Yetis (10 a 0), Rockers (19 a 13) e Oilers (16 a 2). Confesso que os resultados negativos não são ruins, afinal, o aprendizado é grande e eles chegarão mais fortes para a estreia.

Em 2013, os Federals venceram por 8 a 7 (arte: Facebook/Federals)
A equipe de Magé teve sua pré-temporada mais baseada em treinos, mesmo assim disputou os dois amistosos. Em fevereiro, o time foi para Valença enfrentar o até então desconhecido Hunters e perdeu por 16 a 0. Em maio, o mando de campo favoreceu os "Black Birds" e conseguiram um bom resultado contra o Giants United, 46 a 0.

UFF - Niterói Federals (0-0):

Em pouco tempo de história a equipe mostra uma evolução constante. Poucas pessoas acreditavam nesse time e hoje, grande parte do campeonato vê o Federals como um dos times mais cascudos, pois na pré-temporada só enfrentou bons adversários.

Quando você olha para esse ataque vê um bom jogo terrestre, mas não dá pra crer que vai levar o time nas costas só correndo com a bola. O jogo aéreo não me impressionou, mas quem sabe houve um crescimento absurdo nessa vertente nos últimos meses? Esse é o time que em dois ou três anos será elite no campeonato, por isso, note a constante melhora nos fundamentos.

Aaah, a defesa! Gosto dela. Forte, compacta e que consegue segurar ataques. As derrotas da pré-temporada não colocam em questão a qualidade do setor defensivo, mas aprimoram os erros que aconteceram no passado. Linebackers e secundárias são bons, gosto do Cadu Viana como uma peça fundamental da defesa.

Chave para a vitória: pressionar o quarterback adversário e não ceder longas corridas.

Andorinhas F.A (0-0):

O clube com a torcida mais apaixonada da Liga viaja até Niterói para enfrentar o time das cheerleaders. Essa equipe tem bons talentos e vai dar trabalho na divisão, mas sempre bato na tecla do quarterback. Rodolfo é o titular, mas não sinto que ele seja O CARA pro Andorinhas. Se ele melhorou vou ficar muito feliz, mas o ataque ainda tem o seu ponto forte pelo chão.

Piter e Farinha podem fazer uma das melhores duplas terrestres do campeonato. Os dois têm capacidade de fazer 100 jardas por jogo (cada um). A linha bloqueia e erra pouco snaps, o que ajuda muito. As saídas da OL em trap é um caminho muito bem aproveitado em Magé. Se os passes chegarem, vejo o Cacarlos como o velocista do time. Bom atleta. Dou o destaque para a volta de Serjão aos gramados. O guard já está disponível e só depende do técnico Piter para colocá-lo em jogo.

Assim como o adversário, a defesa também é forte. A linha tem Fred Abdullah - possivelmente o melhor defensive end do campeonato -, mas não contará com Krebs. Os linebackers terão um papel importante nesse jogo: parar o ataque terrestre do adversário. Flávio, Roger e Thauan vão ter um trabalho duro, mas eles têm tudo para fazerem um bom jogo. Na secundária, destaco o carismático safety Matheus "Kinder Ovo": muito rápido, chega rápido nas bolas e no time de especialistas é um baita retornador.

Chave para a vitória: parar o ataque terrestre adversário e surpreender/inovar nas jogadas ofensivas.