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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Falcons atropelam Warriors fora de casa

Às vezes, o placar não reflete muito o que foi o jogo, mas o 67 a seis que o Volta Redonda aplicou no Rio das Ostras Warriors, na casa do adversário, mostra a diferença de nível entre os times. O duelo aconteceu no último domingo (17) e com o Estádio do Palmital tendo um ótimo público presente. Agora, o time da "Cidade do Aço" se prepara pro reencontro com o RJ Islanders, dia 7 de junho, na capital do estado. Enquanto isso, a equipe da Região dos Lagos sobe a serra uma semana depois para enfrentar o Petrópolis Wolves, já no friozinho - e talvez na lama.

 
Confesso que essa pontuação toda me deixou um pouco perdido nas minhas anotações, sendo assim dividi as pontuações em primeiro e segundo tempo:

No primeiro tempo:

0 x 8 - TD - B.Monção passe para Fábio Yaegashi - conversão de dois pontos (Falcons);
0 x 14 - TD - B.Monção passe para Fábio Yaegashi - sem extra point (Falcons);
0 x 22 - TD - B.Monção corre até a end zone - conversão de dois pontos (Falcons);

No segundo tempo:

0 x 29 - TD - Kadu Estevão recupera o fumble e vai até a end zone - com extra point (Falcons);
0 x 36 - TD - Guilherme Sargento marca em corrida de duas jardas - com extra point (Falcons);
0 x 45 - Safety - Lucas Diogo pisa fora da end zone (Falcons);
0 x 52 - TD -  F.Santos passa para Carlos Leal em 61 jardas - com extra point (Falcons);
0 x 54 - Safety - Snap alto que sai pela end zone (Falcons);
6 x 54 - TD - Lucas Diogo para Wylder Sentinela - sem extra point (Warriors);
6 x 61 - TD - Felipe Santos correndo com a bola - com extra point (Falcons);
6 x 67 - TD - F.Santos para Lucas Giatti - sem extra point (Falcons);

Análise do jogo: 

Rio das Ostras Warriors:

Essa foi a segunda derrota dos Warriors na pré-temporada. Achei que o 16 a zero para o Indians tinha sido uma derrota normal, mas o 67 a seis para os Falcons evidenciam um time muito primitivo. Quando falo sobre a primitividade da equipe, o jeito de jogar me lembra até o de Wolves, Rockers e Yetis em 2010, num período pré-LiFFA. Falta um Head Coach que organize a casa. Precisam se encontram dentro de campo, traçar um plano de jogo. O campeonato não é pra amigos que jogam no fim de semana apenas.

O QB camisa 9 estava meio perdido. Errava screen pass, não fazia leitura para mais de um alvo, muito cru e foi colocado na fogueira. Quando Lucas Diogo tornou-se o lançador, parecia que ele queria resolver o jogo. Foram quatro tentativas de passe seguidas com inteção de acertar um recebedor no fundo do campo. Quando tentava resolver com as pernas, só a lateral salvava. Em situações como corredor, as investidas quase pela lateral eram a melhor alternativa, pois na velocidade, em tese, ele não precisou de bloqueios para ganhar o espaço.

Os recebedores não são ruins, mas não tem quem os oriente. Super Shock, camisa 13, recebeu um ou outro passe - até por mérito dele -, mas em geral, não conseguiu produzir muito. Bugado, número 11, era um atleta que parecia travado em rota slant e rota goal, nada além disso. De todos, o mais completo pareceu ser o camisa 16, Guilherme Mondaini. O rapaz era retornador também, tanto que fez a maior jogada do time na partida, um retorno de 40 jardas no kickoff. Ele tem boas mãos, só que com um ataque aéreo deficiente, jogar bem é complicado. 

A linha ofensiva tinha o problema já no snap, quando a bola sai muito alta. Tanto que Lucas Diogo precisou ficar praticamente em uma mini distância de punt. O meio da OL furava muito fácil, obrigando os lançadores a duas opções: se deslocar para as laterais ou soltar a bola rápido. Na defesa, a trincheira funcionou bem algumas vezes fazendo pressão nos lançadores adversários. Felipe Santos sobre até alguns hits, mas nada que fosse por um longo período. Os ataques ao QB eram tipo cometas: a cada 60 anos.

O melhor atleta da defesa foi o linebacker camisa 50, Murilo. Ele conseguiu um sack, além de alguns tackles, todos solo e certeiros, sem chance do atacante escapar. Quero destacar na secundária a presença de Ricardo Rezende, CB, ex-Teresópolis Rockers. É legal ver que mesmo com o time sem atividades, os jogadores se realocaram em outras equipes.

Volta Redonda Falcons:

Gostei do que vi do expressinho do Falcons. O time não foi completo para Rio das Ostras, mas me agradou. Fiquei feliz por Bruno Monção voltar a fazer um TD correndo, lançar boas bolas, achar seu alvos, se deslocar, ser o cara que todos esperam, mesmo que esteja voltando de uma contusão. Felipe Santos também jogou muita bola. Quando teve a chance soltou o braço, mas se contentava com o passe curto. Ele é, realmente, um bom atleta pro futuro de VR. Sem falar em dois touchdowns que somados deram 120 jardas. O problema foi sua interceptação displicente.

O jogo terrestre foi dominado por Diego Soares. Ele fez boas corridas, foi atrás dos bloqueios. Assim como geralmente é seu jogo. O camisa 21 recebeu uma boa quantidade de passes em rotas laterais, quando Monção, às vezes, usava três recebedores de um lado. Guilherme Sargento novamente me agradou. A cópia facial de Michael Vick fez um corrida de 30 jardas, complementando com uma tentativa de duas até a end zone. Mas falhou nos times especiais, ao tentar retornar ele dropou a bola que foi para as mãos do adversário. Jr.Assis novamente mostra sua evolução nos cortes curtos. Ele está acima do peso, mas é outro jogador em relação à 2014. A capital faz bem, amigos.

Na recepção, Fábio Yaegashi foi o melhor. No jogo também. Seu touchdown de 60 jardas foi na força bruta. Quem não marcá-lo sofrerá. Carlos Leal é um que eu ainda quero ver sendo mais ativado. Ele faz boas recepções. No aquecimento não dropou nada, no jogo também não. Quem eu queria ter visto mais foi o WR Rildo. Provavelmente é calouro, mas me deixou uma boa impressão ao ver seu pré-jogo.

Não tenho muita coisa a destacar da OL, pois fez seu feijão com arroz, só às vezes vazava a blitz. Normal. Na DL, a pressão foi doida. Cachorro Louco nem é o mais técnico da LiFFA, mas sua vontade de vencer o faz um dos mais "chatos" no contato. Na secundária, outro jogo em que o CB Quintanilha é destaque. O rapaz recuperou um muff, forçou um sack e catou duas interceptações. Quem também fez seu pick foi o LB Iago, o CB Joãozinho e o CB Pegê. 

Notas:

Malone é de quem?

O DE Malone Abalim é um figura caricata da Liga por ter vazado sua foto na privada. Mas uma situação que me alertaram é que o jogador foi aprovado no try-out no Macaé Oilers, onde estava treinando há umas duas, três semanas. Pelo visto voltou - para não disputar o título.
Aprovados no try-out 2015 (foto: Macaé Oilers)
Prata da casa

Na arquibancada do Estádio do Palmital me deparei com um número grande de jogadores que são de Rio das Ostras, mas por algum conflito com a diretoria, ou até por não quererem, não ficaram com o time. Vou listar alguns atletas que não estão mais com os Warriors: o C Pablo Buty (NF Yetis), o WR Lucas Storck (NF Yetis), o LB Bruno Rocha (Macaé Oilers), o WR Augusto Monteiro (Macaé Oilers), o OL Artini Teles (Macaé Oilers), entre outros. Será que o time não seria MUITO mais forte?

Parabéns, Volta Redonda

O duelo desse domingo foi disputado na Região dos Lagos, do outro lado do estado para o Volta Redonda Falcons. Só que a torcida que dominou lá foi a de VR, impressionante o barulho que faziam. Foi uma amostra grátis do que será no caldeirão do Flamenguinho.

Cuidado, Vavo!

Pelo que me foi passado, para 2015 está liberado o stiff arm (mão no rosto do adversário). Só que eu penso que isso é muito perigoso. Esse recurso quando usado com segurança é ótimo, mas na LiFFA o pessoal ainda não tem entendimento de como se faz um corretamente. Se a ordem é dar segurança pros atletas, acho que isso vai na contramão.

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