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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

RJ Islanders atropela Blaze F.A na Zona Oeste carioca

Pelo Grupo 1, o Blaze F.A (2-3) recebeu o RJ Islanders (3-0) pela quinta rodada da Liga Fluminense de Futebol Americano. O jogo aconteceu no domingo (6), em Realengo, e às vésperas do feriado do Dia da Independência do Brasil, o tanque que passou perto do local do jogo algumas horas antes avisava: vinha atropelamento, e veio: a partida terminou com o placar de 47 a 12 para o Islanders.
(foto: LiFFA)

Do começo ao fim só deu Islanders. O atual campeão usou um playbook diversificado que confundiu muito a defesa. O ataque foi impressionante. Pra se ter uma noção, o primeiro tempo terminou em 41 a 0 para os visitantes.

Na próxima rodada, o RJ Islanders realiza o jogo válido pela segunda rodada contra o Rio das Ostras Warriors, na Região dos Lagos, em 20 de setembro; o Blaze F.A encerra sua participação na fase regular da LiFFA dia 27 de setembro, contra o Petrópolis Wolves, em casa.

Vamos à análise:

RJ Islanders (3-0):

O atropelamento em Realengo teve um show de Vavo Calvet. O quarterback e atual MVP do campeonato teve passes precisos, alternando entre passes longos, slants, flats, entre outras rotas. Só consigo recordar de um passe errado do camisa 11.

Pelo chão, Léo Farah foi demais: marcou dois touchdowns, certamente beirou as 100 jardas e doutrinou as atividades terrestres. Parabéns à linha ofensiva que trabalhou muito bem. Léo sempre tinha enormes gaps e quando o bloqueio ia em campo aberto ele sempre colava atrás de seu 'gordinho' e ia embora. Foram apenas duas corridas para perdas de jardas do camisa 21.

Pelo ar, Lerrique, Claudio, Raul, entre outros, receberam seus passes. Destaque para Lerrique e Claudio, os mais ativados. Sem falar dos wide receivers que deitaram e rolaram com reverses. Aula. Esses nomes são pouco conhecidos dentre os que já vestiram a camisa dos Insulanos, questionei Vavo Calvet sobre a ausência do TE Paulo Abrantes e do WR Rodrigo Nunes, e ele sente falta:

"O Paulo e o Rodrigo fazem muita falta, ainda mais por entrosamento. A gente joga juntos desde 2009. O Paulo também faz muita falta no bloqueio, ele é muito bom nisso." - avaliou, Vavo.

A linha ofensiva trabalhou bem. Se Vavo gosta de ficar no pocket, lá ele teve paz. Destaco o center Felipe Bastos com um ótimo trabalho. Eu não sou muito de avaliar a linha ofensiva, mas ele mereceu destaque. Dayan teve um bom jogo de LT: o camisa 69 conseguia trabalhar bem e dar tranquilidade pro MVP soltar os passes. O tackle também ia pro segundo nível bloquear.

Na defesa, a pressão vinha de todos os lados. Óbvio que jogadas boas entram, mas não dá pra julgar por apenas dois touchdowns. Eu gostei da defesa como um todo. Não houve interceptações, não recuperaram os fumbles que forçaram, mas fizeram o principal: parar o ataque adversário quando preciso.

Blaze F.A (2-3):

Sem o QB Ronaldy Vieira trabalhando em eventos testes das Olimpíadas Rio 2016, a posição de lançador foi deficiente, mas melhorou no segundo tempo com o QB Diogo. Mesmo limitado, o jovem realizou alguns bons passes que mantiveram o ataque vivo.

No jogo terrestre eu bato palmas para o RB Michel Sodre. Ele fez um dos touchdowns mais mágicos da história da LiFFA. Ele correu para esquerda, quase foi dominado a tempo da arbitragem encerrar a jogada, ai ele escapou do tackle, correu pra direita, quebrou mais tackles e se esticou até a end zone. Mágico, monstro! Se houve votação para dois running backs, creio que eu vote nele pelo esforço. Vale lembrar que ele não tem uma grande OL, o que faz é por esforço próprio.

Pelo ar, destaco o TE Tubarão. Gordinho e sem tanta velocidade, o jogador tem um bom catch e marcou o outro TD do time. Melhor recebedor da equipe!

Na linha ofensiva, até destaco o bom trabalho do C Guilherme Farias que protegeu o meio, mas o que me marcou foi a insistência do G 'Açaí' em querer reclamar de tudo, até da bola que o Blaze ofereceu e que tinha um 'caroço'. Triste fim.

Ah, a defesa. Inconsistente, mas melhorou bastante quando o DE 'Cunhado' foi ejetado - falarei sobre ele nas curtinhas. O LB Jimmy é bom, mas precisa ser mais trabalhado, ele tem potencial. O S Lyneker Conforti é o capitão do setor, atleta do Flamengo F.A e muito reclamão. O camisa 52 estava usando a palavra de Deus para tentar mudar a marcação de Down by Contact, não aguento com isso. 

Curtinhas:

Merecem aplausos:

Três pessoas merecem aplausos nesse jogo: o presidente do Blaze F.A, Diego Braga, por correr atrás de campo igual um maluco, já que o seu mando foi tirado por causa da Taça das Favelas; o RB Michel Sodre pelo lindo touchdown e por praticamente carregar o piano no ataque e Léo Farah pelo grande jogo.

Merecem vaias:

Mulher de jogador que fica na sideline por ser mulher de jogador está errada. Confesso que errei em não mandá-las para a arquibancada, já que a regra diz isso. Pra piorar fica criticando a arbitragem e achando que o Blog influencia em qualquer tipo de marcação. 

Outra situação que merece vaias são atletas que acreditam que a arbitragem é tendenciosa ou que está prejudicando o adversário quando o placar está 21 a 0 para o adversário - fora o baile.

Melhoras Big Boy:

Faltando poucos menos de quatro minutos para o fim do último período, o LB 'Big Boy' quebrou a fíbula e luxou o tornozelo em um lance nos times especiais. Ele fica seis meses sem pisar no chão. Melhoras, rapaz!

"Você joga em qual posição mesmo?"

Essa curtinha não deve ser tão curta, mas quero ver quais providencias serão tomadas pra atleta que quer bater em árbitro, vamos ao caso:

Durante todo o jogo, o camisa 99 do Blaze F.A, "Cunhado', questionava as marcações, 'cochichava' pros outros atletas em bom som sobre o que ele achava da arbitragem. Tudo isso sem aplicação de falta. 

No fim do terceiro período, ele veio até mim, onde eu ocupava o cargo de Referee (árbitro principal) e me questionou: "Você joga em qual posição mesmo?". Certamente ele queria saber pois o Wolves enfrenta o Blaze dia 27 de setembro e ia querer descontar a raiva do momento. Pois bem, marquei a falta pessoal por conduta antidesportiva e ele se revoltou, tentou partir para briga, sendo contido por um jogador e um árbitro.

Vale lembrar: o atleta não foi ejetado por perguntar em qual posição eu jogo, mas sim por cometer duas condutas antidesportivas (a pergunta e a tentativa de briga).

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