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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vasco da Gama Patriotas atropela Botafogo Reptiles na abertura do Torneio Touchdown

Esperava-se um duelo muito equilibrado entre Botafogo e o Vasco, no Luso Brasileiro, nesse domingo (28), só que aconteceu o inverso. O Patriotas, atual campeão do Torneio Touchdown, venceu o Reptiles por 41 a 0, sem muitas dificuldades e com casa cheia. Agora, os cruzmaltinos esperam o dia 8 de agosto, quando recebem o Tubarões do Cerrado. Enquanto isso, os botafoguenses tentam sua recuperação contra o Vila Velha Tritões, também no Rio de Janeiro, em 2 de agosto.

Muitos pontos aconteceram na tarde de futebol americano na Ilha do Governador. O Vasco começou dando 100%, parando as duas primeiras campanhas do Reptiles e pontuando nas suas primeiras posses com lançamentos do americano Lucas Shaw para Lipe Fernandes e Rudá Andrade - com extra points convertidos. No segundo período, após fumble no punt, o DB Diego Slaxis levou a bola pra endzone aumentando a vantagem - sem XP. O primeiro tempo terminou com um TD no passe de Shaw para Tiago Barbosa, que após o ponto extra deixou o marcador em 27 a 0.

A etapa final foi mais pegada, mas ainda com domínio cruzmaltino. No terceiro período, Lucas lançou seu quarto passe para touchdown no jogo: o alvo foi o MVP da final do TTD 2014, Rudá Andrade. Encerrando a conta, ainda no mesmo quarto, Joshua Canup recuperou um fumble e foi pra TD. Ryan Homem converteu seu quinto chute extra na partida. Por causa da vantagem maior que 31 pontos no inicio dos últimos 12 minutos, o tempo correu livremente, com pausas apenas em contusões, timeouts, etc.

Análise:

Vasco da Gama Patriotas (1-0):

Lucas Shaw voltou tão 'cirúrgico' quanto em 2014. Achando janelas minúsculas, se movimentando bem, correndo só quando precisava e muito paciente. Aparentemente nada mudou para ele. Foram quatro touchdowns e nenhuma interceptação para o camisa 11. Destaque para a big play para o WR Lipe, onde conectou 38 jardas. No primeiro TD do Rudá, ele esperou até o último momento para lançar e deu certo. 
Pelo chão, se muita gente foi ao Luso Brasileiro ver o running back convocado para o Mundial, Rômulo Ramos, o 'R40', se decepcionou. Perto da viagem mais importante de sua carreira, ele foi poupado, entrando em poucos snaps. Leduc Fauth, Piter Damacino, Caio Vidal e 'Favorito' dividiram repetições nos snaps. Destaque para o primeiro mencionado: baixinho, rápido e sem medo de contato. Fez o feijão com arroz, alimentando as investidas terrestre do Vasco. Grande parte das corridas acontecendo com formação em Shotgun.

No ar, Lipe e Rudá são ótimos. Sempre guardam um touchdown pelo menos. Hoje, Lipe atuou bem menos, também por causa da viagem aos EUA para defender o Brasil. Rudá guardou dois. O camisa 13 sabe fazer rotas muito bem, e recebe tão bem quanto. Se fosse mais alto, seria um atleta com uma mídia muito maior.

A linha ofensiva fez uma boa partida. Deu tempo para Lucas Shaw arquitetar mudanças, adaptar e realizar as jogadas. Sofreram muita, mas muita pressão da trincheira botafoguense. Às vezes sediam à pressão, só que não sacaram o americano em muitas oportunidades. Nas traps, bloqueios entraram, dando os espaços pra execução das corridas.

Do outro lado da linha, incrível. Pressão, pressão e pressão. Ramon 'Mamão' veio ao chão algumas vezes, sendo apressado pra fazer o passe. As corridas pelo meio da linha entraram muito pouco. Grande trabalho da muralha vascaína. 

No corpo de linebackers, vi boas aparições de Sloan no fim do jogo e gostei da estreia do calouro João 'Holyfield'. Na secundária, a presença de outro jogador de Seleção faz diferença. Só a presença de Sodre em campo já traz uma nova cara pra secundária. Macaskill desviou passes, 'Gostosa' deu um belo hit em Loan. Entre outras boas situações que os DBs tiveram.
O tradicional Casaca no fim do jogo. (foto: Ayanne Carvalho)

Botafogo Reptiles (0-1):

O quarterback Ramon 'Mamão' Martire não teve uma tarde fácil, assim como nenhum outro companheiro de equipe. Ele sofreu muita pressão, pois a linha ofensiva estava muito cansada, chegando exausta ao fim da partida. Em uma descida ele até se aventurou correndo, mas por necessidade. O QB do Brasil Onças chegou a alinhar como recebedor, mas só bloqueou na formação Wild Cat. Sob ameaças constantes da linha adversária, ele fez passes muito fortes e que seus jogadores não conseguiram alcançar. Os screens até entraram no começo do jogo. Acho que podiam ter sido mais recorrentes.

Pelo chão, infelicidades. Aluan e Chicão fazem uma das boas duplas do TTD. No começo do jogo foram três corridas para dez jardas, tendo pistol como formação base. Depois, ficou difícil segurar a pressão, com isso foram muitos tackles atrás da linha de scrimmage. Chicão é um ótimo full back. Até abriu espaços, mas Aluan era derrubado antes. O corredor saiu machucado no fim do jogo. 

No ar, drops. Muitos drops. Nenhum recebedor teve tanto destaque, pois o ataque foi apagado em geral. Loan, Rodrigo, Pablo, ninguém conseguia fazer nada. A tarde foi muito difícil. Esperava que o TE Paulo Abrantes fosse mais ativado, mas não aconteceu. Gosto de usar tight ends para bola de segurança, mas não sei se o Reptiles pensa igual.

A não otimização dos recursos da OL refletem nos três parágrafos acima.

A DL fez o que pode. Foi um bom setor. Pressionou o quanto pôde e conseguiu chegar em Lucas, mas ele fazia ajustes e saia do pocket, voltava, fazia acontecer. Foi difícil. 

Não observei muito os linebackers, mas vimos que a secundária do Botafogo sofreu muito. Eduardo Mamede voltou para a equipe, mas sozinho não faz verão. Esse setor parecia muito perdido, perdendo batalhas individuais. Forçou um turnover, mas já no quarto período. Certeza que ajustes serão feitos nos starters.

Curtinhas:

Lotadão!

Olha, de acordo com a Fan Page do Vasco tinham 1.813 pessoas nesse estádio em uma tarde de domingo. Isso deixou muita gente surpresa, inclusive eu. Gostei do que vi. Começo a achar que se o Vasco chegar novamente à final, a decisão pode ser no Rio. Acredito que tenha que retorno para o TTD.
Público de 1.813 pessoas (foto: Facebook/Vasco)

Próxima geração

Nesse domingo, os presentes viram a forma que as crianças tratavam os jogadores. Era uma relação fã e ídolo. Esses que hoje pedem fotos, autógrafos e abraços são nossa próxima de geração de jogadores. Acredito que já sejam pessoas que vão elevar o nível do FA nacional ainda mais.

De primeira qualidade

Se futebol americano é feito pro público, o Vasco Patriotas assimilou bem e ofereceu pros presentes show do intervalo com banda marcial e cheerleaders. 

"Sem Lotufo":

O OC David Lotufo está com a perna quebrada, por isso ficou na arquibancada. Vi muita gente falando que sua energia, liderança e experiência fez falta na sideline. Até que ponto isso foi um fator determinante?

Outro resultados:

Em Caxias do Sul-RS: Juventude F.A 7 x 48 Timbó Rex;
Em Vila Velha-ES: Vila Velha Tritões 23 x 13 Lusa Lions.

sábado, 27 de junho de 2015

VR Falcons recebe o Andorinhas F.A buscando recuperação na LiFFA 2015

Galinha Pitandinha, Pica-Pau e outras aves famosas ficarão com inveja do Campo do Flamenguinho, em Volta Redonda, no domingo (28), às 14h. Outros grandes "pássaros" se enfrentam pra ver quem vai "cantar de galo" - hoje eu estou demais. O Falcons recebe o Andorinhas F.A buscando sua primeira vitória no torneio, enquanto os "Black Birds" podem ser o primeiro time a ter duas vitórias nessa temporada.
Já de começo, o que seria o encontro de bons QBs Edgard pelo Andorinhas e Bruno Monção por Volta Redonda, pode não acontecer. Bruno não vem treinando por motivos da greve de sua faculdade, com isso ele regressou para Cruzeiro-SP, sua cidade natal. Informações apontam que Felipe Santos, 19 anos, será titular. Marcelo Arantes, HC, não quis falar sobre o assunto.

Algo que preciso avaliar é como o Andorinhas reage sem seu Head Coach, Piter Damacino, que estará no duelo entre Vasco Patriotas e Botafogo Reptiles, pelo Torneio Touchdown. O técnico é uma figura não só de inteligência, mas ele comporta a segurança dos jogadores personificada na lateral. Isso é importante. O que eu gostaria de ver é como a OL vai proteger - ou não - Edgard. Se contra o Blaze, uma equipe, em tese, mais fraca que o Falcons foram mais de seis sacks. Imagina contra o Cachorro Louco e sua trupi?

Pra mim, o FB Ricardo Junior vai ser importante pra abrir espaços e conseguir aquelas poucas jardas, mas que são suficientes. Cacarlos vai ter que se desdobrar novamente. O recebedor vai enfrentar uma secundária malandra. Será o primeiro grande desafio do camisa 11 da temporada.

Para o Volta Redonda, caso Felipe Santos seja o titular, fica a questão do nervosismo de uma estreia como titular. Ele é bom, tanto que quando questionei o Bruno Monção sobre o jovem lançador e suas semelhanças, ele afirmou: "Felipe tem tudo de mim, só é muito novo ainda", aconselho o Andorinhas abir o olho. 

Curtinhas:

Sente o caldeirão, Andorinhas!

Jogar em Magé é ensurdecedor, então, agora, o Andorinhas vai provar do próprio veneno na barulhenta Volta Redonda. Lá o 'bagulho é doido'. Gostaria de estar presente pra ver esse jogo.

Ofuscado

Digam que não, mas que esse jogo da LiFFA foi muito ofuscado pela estreia do Torneio Touchdown. Muita gente do campeonato está se deslocando pra ver o clássico carioca, na Ilha. Se Andorinhas e Falcons fosse em outra data, ia ser muito mais atrativo.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

Vasco da Gama Patriotas e Botafogo Reptiles se enfrentam na abertura do Torneio Touchdown 2015

Como em todo bom campeonato, o vencedor da edição anterior abre os trabalhos para a nova temporada. Com o Vasco da Gama Patriotas não será diferente. O time da colina abre o Torneio Touchdown no clássico carioca contra o Botafogo Reptiles, no domingo (28), às 14h, no Estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador.
Na offseason, o Botafogo anunciou reforços importantes na busca pelo título inédito do TTD. Encabeçando a lista, o QB de Seleção Brasileira Ramon 'Mamão' Martire, ex-Flamengo. Retornando do Vasco Patriotas, o CB Eduardo Mamede e o G Raoni Marques também fecharam com o Reptiles. Outras aquisições de peso foram o LB Rodrigo 'McNabb' e os DLs Robocop, Diego Freitas, Tadeu Lotufo e Massa.

O Vasco quer que o 'caneco' fique com ele e pra isso trouxe três bons defensive backs: o CB Felipe Sodre, além dos safetys Samuel Nascimento e Diego Slaxis, todos do Flamengo F.A. Quem também vestia vermelho e preto só que agora usará preto e branco é o OL Leonardo Biff. As renovações do QB Lucas Shaw e do S Josh Canup são fundamentais para o bi do clube.

Essas equipes não se enfrentam desde 2013, quando o Patriotas, na ocasião, venceu o Botafogo F.A por 42 a 0, em Angra dos Reis-RJ. Desde 2014, o time da estrela solitária é Reptiles, sendo assim, este será o primeiro encontro desses clubes na bola oval.

Primeiro jogo entre Vasco e Botafogo desde 2013 (foto: Facebook/Vasco)
Esta partida seria realizada no dia 27 de junho, sendo o único jogo do sábado, mas por uso do estádio na data, o jogo será no domingo, 28, assim como outros dois duelos: em Caxias do Sul, o reforçado Juventude F.A recebe o atual vice-campeão, o Timbó Rex, às 14h. Mesmo horário de Vila Velha Tritões e Lusa Lions, no Espírito Santo.

Os ingressos para o clássico podem ser adquiridos no Luso Brasileiro até sábado por R$ 10 e no dia do jogo por R$ 20.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Encontro de gerações de quarterbacks no duelo entre Volta Redonda Falcons e Andorinhas F.A

Edgard fechou com o Andorinhas no fim de 2014.
Quem lê o Blog sabe que são raras as vezes que faço um texto exclusivamente para um encontro de duas pessoas. Só que no domingo (28), em Volta Redonda, o Falcons recebe o Andorinhas F.A. Mais do que o segundo jogo de ambos, em campo teremos dois dos melhores quarterbacks do interior. São gerações que vão se encontrar no Campo do Flamenguinho, falo de Edgard Monteiro dos 'Black Birds' e Bruno Monção do VR Falcons.

Se olhá-los, fisicamente os dois são completamente diferentes. Em campo, atitudes e garra os fazem semelhantes, mas não é só isso. Na LiFFA, Edgard foi o MVP do torneio em 2012, o primeiro diga-se de passagem. Bruno Monção também já levantou o caneco de melhor do campeonato, só que foi no Vale Bowl, em 2013. No estadual fluminense ele foi eleito a revelação de 2014.
Foto clássica de Bruno Monção erguido pelos companheiros em 2013
O estilo de cada um:

Edgard é relativamente alto para a média de altura dos lançadores da LiFFA. Desde sempre seu estilo foi uma mistura de raça, sorte e competência. Pode-se dizer que ele nunca teve uma boa linha ofensiva, por isso nos acostumamos a ver o camisa 16 saindo do pocket para conectar seus passes. No contato, Ed é uma parede. Difícil derrubá-lo em tackle solo. Apesar de não estar em plena forma física, ele é um monstro em movimento.

Monção no inicio de seus tempos na LiFFA foi um perigo com as pernas, até contundir-se. Em 2015, o dono da camisa 11 ficou mais no pocket, assim como foi visto contra o Rio das Ostras Warriors e RJ Islanders. Seus options são perigosos. Quando investe com as pernas, ele usa as laterais do campo e para alcançá-lo em alta velocidade só de moto.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

LiFFA realiza módulo avançado da Clínica de Arbitragem

No próximo domingo (21), às 10h, a Liga Fluminense de Futebol Americano realiza, novamente, a Clínica de Arbitragem. Agora, o experiente árbitro Jean Pierre Soares explica o módulo avançado, direcionando o conteúdo para referees, umpires e cronometristas - substituindo a função de delegado. O evento acontece na Subprefeitura do Rio, na Ilha do Governador, mesmo local da última palestra.
Jean Pierre tem experiência de cerca de 20 anos no futebol americano (foto: Jayson Braga)
Essa Clínica, como Jean declarou na primeira, será cheia de vídeos de situações de jogo, certamente, ensinando a mecânica, chaveamento, aplicação de regras, entre outras nuances que as 'zebras' devem estar cientes antes, durante e no pós-jogo.

Em 2015, com Vavo Calvet de diretor de arbitragem foi estabelecido três níveis de árbitros: 
  •   Nível 1: os árbitros desse escalão só poderão apitar no fundo do campo, como Side Judge e Field Judge. Para arbitrar nessas funções a pessoa deve ter assistido pelo menos metade da clínica básica e metade da avançada. 
  • Nível 2: as 'zebras' dessa função podem arbitrar de Line Judge, Head Linesman, Back Judge, Side Judge e Field Judge. Esse nível é para quem assistiu qualquer uma das Clínicas de 2015 na íntegra.
  • Nível 3: São os árbitros que fizeram as duas Clínicas desse ano em sua totalidade. Eles podem arbitrar em qualquer uma das funções.
Vavo falou sobre essa Clínica e reforçou o método usado por Jean, além disso o diretor crê em uma participação mais ativa dos presentes:

"Como eu já tinha te falado, eu gosto muito da Clínica do Jean Pierre. Além de explicar muito bem, ele estimula as pessoas a falar e tirar dúvidas. Muitos dos questionamentos que surgem no bate papo informal serão tiradas na hora. A participação de todos deve ser muito mais ativa do que no primeiro evento." - avaliou.

Itaipuaçu Krakens e Rio das Ostras Warriors são praticamente 'obrigados' a comparecer 

O evento é obrigatório para todos os times da Liga, só que como o número mínimo de árbitros nível 3 precisa ser de seis componentes. Krakens e Warriors precisam mais do que todo o resto estar presentes. Os Krakens foram com apenas sete representantes no evento do dia 31 de maio, então precisará dos seus árbitros antigos para conseguir formar o sexteto de 'zebras'. Os Warriors foram com 13, ainda sim conseguiram escalar um árbitro irregular. Para limpar a ficha, a imagem e mostrar que querem participar de verdade da LiFFA 2015, essas duas equipes terão que se esforçar.






quarta-feira, 17 de junho de 2015

Botafogo Reptiles apresenta novo uniforme

Faltando pouco mais de uma semana para a estreia do Botafogo Reptiles no Torneio Touchdown, o time apresenta no domingo (21) o seu uniforme da temporada 2015, agora, confeccionado pelo fabricante da Seleção Brasileira de Futebol Americano, a Lança Sports. A apresentação da camisa será no Lord Jim Pub, em Ipanema, a partir das 18h. A entrada para quem confirmar presença no Facebook custa R$ 20 e é revertida em consumação.

Essa ação será muito boa para os torcedores que querem ter contato com os atletas e pretendem comprar a camisa de jogo com preço promocional. No mesmo horário do evento as vendas online acontecem no site da Lança Sports. O local também terá o sorteio da nova camisa do Reptiles, além de ingressos para a abertura do Torneio Touchdown, contra o Vasco da Gama Patriotas, dia 28 de junho, às 14h, no Luso Brasileiro. 
Uniforme usado em 2014 pelo Botafogo Reptiles. (foto: Assessoria Reptiles)
Além do lançamento da camisa, o pub terá a transmissão do jogo do Brasil na Copa América e karaokê após a partida da Seleção. A organização confirmou que haverá dose dupla de Budweiser de 18h às 22h.


terça-feira, 16 de junho de 2015

Irregularidade na arbitragem de Rio das Ostras vira pauta do comitê disciplinar

Na Liga Fluminense de Futebol Americano os jogadores do campeonato fazem a arbitragem dos jogos, assim como é feito no Carioca Bowl há anos. No último domingo (14), os escalados para conduzir o duelo entre Goytacá Indians e UFF-Niterói Federals foram as 'zebras' do Rio das Ostras Warriors. Só que o árbitro Gutemberg Moreira não fez a Clínica de Arbitragem, sendo assim, ele apitou de forma irregular. Agora, o caso já está em debate no comitê disciplinar.

Pelo que soube, esse caso pode ser enquadrado como árbitro faltoso. Mas eu, Guilherme Cohen, considero essa visão equivocada. Tendo em vista que o Warriors sabia disso e ainda sim o colocou pra arbitrar, já percebemos um erro. Essa situação deveria ser julgada como árbitro irregular, assim como um atleta que é suspenso, ejetado, seja lá o que for, não pode jogar. Ele estava ali, não era um time com dez, era um time com 11, só que havia um jogador irregular.

Esse é o primeiro 'pepino' de respeito da nova direção da LiFFA. Não há ainda uma posição oficial do torneio, afinal, ninguém esperava que um time fosse usar árbitro irregular. Mas é isso, com cada situação vem um aprendizado. Vamos aguardar os próximos capítulos.    

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Confusão e péssima arbitragem marcam duelo entre Goytacá Indians e UFF-Niterói Federals

Na maior cidade do interior fluminense, o Goytacá Indians recebeu o UFF-Niterói Federals pela estreia de ambos os times na LiFFA 2015. Os "Nerds" venceram por 21 a 7, mas os principais fatos aconteceram durante o duelo com uma arbitragem ruim para os dois lados, além da confusão no final.

Para inicio de conversa, os Federals chegaram atrasados por conta de um acidente que bloqueou a estrada para Campos e o jogo acabou por falta de luz natural restando três minutos no relógio. Com duas posses, seria difícil - quase impossível - reverter o marcador.
 
(foto: LiFFA)
Ontem na parte da noite fui procurado por algumas pessoas falando sobre a deslealdade do Federals e coisas assim. No Whatsapp das pessoas que estavam arbitrando comigo em Magé, notícias de que o time de Niterói havia brigado com a torcida dos Indians. Todo mundo pode falar qualquer coisa, mas foi preciso apurar os fatos. Nada mais justo que os presidentes, Victor Hericles por Campos e Ícaro Alves pela UFF.

Questionei Ícaro sobre o incidente e ele foi direto: "Meu relato vai para o Colegiado, Cohen.", com isso fui ver o outro lado da história, ou pelo menos tentar. Hericles foi muito solicito e deu a seguinte declaração:

Héricles é o QB titular dos Indians.
"Então cara, não posso falar apenas do fato em si, pois foi tudo uma 'bola de neve'. Estava tudo tranquilo, os dois times em paz e assim foi o jogo. Alguns lances mais graves e pesados mas nada que preocupasse a tal ponto como o que aconteceu no final. A grande responsável, digamos assim, foi a arbitragem. Ela que fez com que o clima ficasse tenso, já que erraram muito. Falta de estudo das regras do esporte. No terceiro quarto do jogo estava 14 a 7 para eles, ai o Indians veio mais forte no intervalo, estava conseguindo conter o jogo deles. Na primeira jogada do quarto período, nós estávamos com as costas na end zone, tivemos um avanço de mais de 30 jardas, mas foi anulado por um lance um pouco duvidoso e depois veio o maior erro da arbitragem: um toss para frente para o RB Calil, igual na jogada anterior citada, o árbitro marcou passe para trás, bola viva e touchdown do Feds. Esse lance além de dar uma esfriada no time, deixou a torcida revoltada. Após o jogo ser finalizado, pelo que me parece na hora dos times irem se cumprimentar rolou já uma provocação e quando o time do Federals estava saindo, teve um atrito com namorada de jogador. Chamaram algum atleta de covarde ou que ganharam por causa da arbitragem, há relatos que os jogadores do Federals já vieram para o lado delas se gabando pela vitória e foi onde que rolou o problema. Responderam à elas: "ganhamos mesmo". Foi quando começou o empurra empurra e gritaria. Eu estava perto de mais ou menos dez jogadores do Federals conversando e fui separar o tumulto, após fazer isso fiz questão de acompanhar todos os jogadores deles até o ônibus. Conversei com Ícaro e ele fez das palavras do meu pai as deles, dando razão ao relato do meu pai: 'Tudo isso que aconteceu é, basicamente, fruto de uma arbitragem ruim que gerou revolta.'" 

Além do erro do passe para frente, os Federals também foram prejudicados. O WR Diego 'Mucilon' fez um touchdown e sofreu uma atitude antidesportiva na comemoração. A arbitragem anulou o TD ao invés de  aplicar a jardagem no kickoff. Erros sucessivos e que mancham as zebras de Rio das Ostras.

Com a bola rolando, o RB Thiago 'Me Gusta' correndo (XP convertido), o QB Ithi correndo (sem conversão do XP) e o DT Raphael Uks (2 pontos) marcaram os touchdowns de Niterói, enquanto pelo lado do Goytacá Indians, o TE Rafael Teixeira fez o TD.

O próximo compromisso do time do Norte do estado é contra o Blaze F.A, em casa, em 5 de julho. No mesmo dia, os Federals serão anfitriões contra o Itaipuaçu Krakens.

domingo, 14 de junho de 2015

Andorinhas vence Blaze pela primeira rodada

No calor de Magé, o time da casa, o Andorinhas F.A, venceu o Blaze F.A por 14 a 2 e se juntou ao RJ Islanders na liderança do Grupo 1. O duelo aconteceu na tarde deste domingo (14) e contou com um bom público - mesmo sendo abaixo do normal. O próximo compromisso dos 'Black Birds' é o VR Falcons, fora de casa, dia 28 de junho. Enquanto isso, a equipe de Bangu busca sua recuperação contra o Goytacá Indians, dia 5 de julho, também fora de casa. 

(foto: LiFFA/Facebook)
O jogo, em geral, foi muito dominado pelas defesas. Na minha contagem não oficial foram pelo menos dez sacks somados entre os times. Edgard apanhou muito, lembrou até seus tempos em Teresópolis. Ronaldy Vieira, QB do Blaze, foi surrado também. O primeiro período acabou zerado, mas no segundo, Edgard tentou na primeira, mas na jogada seguinte ele pressionou e entrou na end zone, abrindo 7 a 0 após o extra point convertido por Bernardo. No terceiro período, quando o pocket foi aberto Ed foi estupendo. O camisa 16 achou o WR 'Cacarlos' que foi dançante até à 'casinha'. Com o XP convertido, o 14 a 0 ficou estampado no placar. Mas após um punt perfeito no quarto período, deixando o Andorinhas com a posse na linha de uma jarda, o FB Ricardo Junior foi derrubado na end zone, ai fechou a conta no 14 a 2.

Vamos à análise:

Andorinhas F.A (1-0):

O QB Edgard, apesar de apanhar, teve seus bons momentos. Ele se deslocou lateralmente, conseguiu options com o RB Farinha, além de fazer cada play-action que me deixava perdido e os atletas do Blaze ainda mais. De tanto sofrer com as pancadas ele era substituído pelo backup Bernardo. O rapaz tá cada vez melhor. Passes precisos, só que eu o vi lançando mais no aquecimento e gostei bastante do que presenciei. Se o Ed cair de produção em algum momento, ele será substituído por um ótimo reserva.

Me passaram a informação de que o Farinha estava passando mal, por isso não esteve presente em muitos snaps. O jogo terrestre começou a entrar quando as investidas foram por fora da linha. Ricardo atuando como full back parece uma bola de boliche em uma ladeira. É difícil pará-lo e se o camisa 99 conseguir um pouco de espaço, o que estiver na frente é atropelado.

No corpo de WRs o 'Cacarlos' é o homem. No seu TD, ele arrancou a bola que ia pra mão da secundária. Hoje, ele está mais forte e com mais experiência. Já figura entre os ótimos da Liga na posição. Não houve, no meu ver, outro recebedor de grande destaque.

A linha ofensiva caiu de rendimento. Confesso que só conheço o C Digão e o presidente da LiFFA/guard Davi Souza. Os outros são anônimos que possuem qualidade, mas ainda deixam a desejar. No inicio do jogo, as blitz de OLB entravam em quantidades industriais. 

A linha defensiva merece meu destaque. A duplinha ex-Rockers com o DT Farnum e o DT Eduardo 'Bola' me pareceu com um futuro próspero. O meu único grande pensamento vem em aspas para as reclamações de ambos: "Eles saem de Teresópolis, mas Teresópolis não sai deles." - isso por serem os únicos que reclamavam muito na defesa.

No corpo de LBs, Flávio Curty jogava com um MLB em 4-3. Ele conseguiu pressionar e até provocou um sack furando a linha como uma faca quente na manteiga. Outro jogador que me chamou a atenção foi o LB Etierre. Ele catou a int que fechou o jogo e me pareceu em franca evolução. Vamos aguardar o que o futuro apronta com esse jovem. 

A secundária teve os CBs Gustavo e Bernardo Bonifácio. Ambos não tiveram muita ação. Os safetys foram 'Cacarlos' e 'The Rock'. Foram bem até.

Blaze F.A (0-1): 

Pra começar, o Blaze F.A teve apenas dois dos seis times do jogo disponíveis, já que seu uniforme era branco com números brancos. De acordo com o que foi passado na Clínica de Arbitragem em maio, retirar os tempos era a marcação exata da violação.

Falando do "jogo jogado", o QB Ronaldy Vieira só conseguiu lançar um passe longo - que foi interceptado. Ele conseguia correr, mas nada que desse sequência ao ataque. Também pelo chão, reforço que o RB Michel Sodré é raçudo, apesar da pouca técnica. Se ele tivesse uma linha ofensiva que ajudasse ia dar pra avaliar melhor.

No jogo aéreo não vou destacar ninguém, pois não funcionou.

Na OL, os jogadores de hoje eram mais gordinhos. Só que qualquer pressão passava. Se enfrentarem uma linha defensiva que se movimente muito, vão se complicar. Na DL, gostei de todos no geral, pois atordoaram Edgard.

Os LBs tinham, aparentemente, Diego Braga e Ramon Silva como os cabeças. Só que não vou falar deles, vou falar de tackle. Eu confesso que fui muito paciente com eles, pois em TODAS as jogadas que eles tackleavam chegavam atletas pulando por cima de forma aleatória. Alguns disseram que haviam atletas do Blaze que entravam de cabeça, confesso que não vi, mas se for assim, tem que ser "jumento" para se expor dessa forma.

Na secundária, o safety AJ ficava flutuando lá atrás, caçando a int.

Notas:

Buzinaço...

Podem ter dez, 15, 20 ou 300 pessoas na arquibancada do Alçapão de Magé, só que aquela buzina na torcida vale por um bom número de pessoas. Já pode torná-la patrimônio cultural do clube.

Borda branca:

Não é por nada não, mas a borda branca (as duas jardas entre a lateral e a Coaching Box) fazem falta. Conversei com o Vavo ontem e ele pediu bastante tolerância por não termos esse artifício no campo, só que fica difícil pros árbitros laterais ver o resultado do fim de uma jogada fora do campo com um monte de gente fechando a visão. Isso não é um pedido que vai ajudar só a mim, mas vai auxiliar muitos outros.

Nada a ver com Blaze x Andorinhas:

Tive uma informação não-oficial que o Gutemberg Moreira do Rio das Ostras Warriors arbitrou o jogo entre Niterói Federals e Goytacá Indians. Seria normal, só que ele não fez a Clínica de Arbitragem até aonde todos sabem. Isso vai dar um bafafá legal. O presidente Davi Souza, o diretor de arbitragem Vavo Calvet e até o diretor disciplinar Thiago 'Vovô' vão ter que quebrar a cabeça, pois isso nunca aconteceu antes.

Parabéns, Krakens!

Os 'Krakudos' perderam pra Macaé por 28 a 13, em casa, só que o campo tava lindo e tinham duas ambulâncias no local. Coisa profissional.

Primeira vez na Liga que há duas ambulâncias em um jogo (foto: Rita Gonçalves)



sexta-feira, 12 de junho de 2015

Andorinhas F.A recebe 'carrasco' Blaze

O Alçapão do Andorinhas F.A recebe no próximo domingo (14) a abertura da temporada para o time de Magé e para o Blaze F.A, de Bangu. O duelo começa às 14h e tem expectativa de casa cheia, já que junto do VR Falcons, a equipe da casa é uma das que mais lota o seu estádio.

Primeiro jogo oficial entre eles na história (foto: LiFFA)

O Blaze é antigo, mas vai estrear pela LiFFA no domingo. Os "Grosseiros" são um dos três novatos, além disso, fazem parte da história do Andorinhas, já que foi o único time na história a vencê-los em Magé. Curiosamente, eu era um dos árbitros daquele jogo e serei o Referee desse. Na ocasião, vi aquele fumble ser recuperado dentro da end zone faltando menos de um minuto para acabar e o placar apontou 13 a 06 para o time da zona oeste. Algumas curiosidades daquele jogo: o Blaze tinha como quarterback do RJ Islanders, o veterano e MVP de 2014, Vavo Calvet, além de duas mulheres que jogavam por eles.
Vavo no punt em 2013. (foto: Gustavo Valetino)
Domingo a história pode se repetir, mas é muito difícil pro Blaze, eles sabem. O Andorinhas F.A fechou um pacote de peso para 2015: o QB Edgard Monteiro - MVP da LiFFA 12 -, o DL Vinicius Farnum, o DL Eduardo 'Bola' e o CB Bernardo Bonifácio. Além de acertar na tarde desta sexta-feira (12), a chegada do seu novo coordenador defensivo, Felipe 'Rugboy', ex-Federals.

Outra situação bem bacana dessa partida é o encontro dos irmãos: o RB Thiago 'Farinha' pelo Andorinhas e o C Guilherme 'Farofa' pelo Blaze. Já dá pra chamar o jogo de "Farinha Bowl"?

Sem mais delongas, vamos à análise: 

Andorinhas F.A (0-0):

Olha, eu não estou no dia a dia desse time, não perguntei quem é o titular para o Head Coach Piter Damacino, mas meu sentimento é que Edgard começa jogando. Essa dor de cabeça para o treinador é ótima. Já me contaram que o Bernardo, o reserva imediato, é o que o jogador que mais evoluiu em pouco tempo. Só que o primeiro MVP é diferenciado. Poucos fazem o que ele faz, com a garra que executa cada jogada. Hoje, o cara é protegido, tem um jogo terrestre que desafoga com o Farinha, aprende mais do jogo, coisa que ele não conseguia fazer no começo dos tempos em Teresópolis. Ed é mágico.

No jogo corrido, como disse anteriormente, Thiago Farinha é demais. Ele foi selecionado para retornador em times especiais e como running back para a Seleção da LiFFA 2014. Cortes rápidos, velocidade e um grande atleta em potencial, tanto que já treina na base do Vasco Patriotas. Na força, Ricardo Junior é o full back que parece uma bola de boliche, só que com mais inteligência. Ele era OL, mas foi improvisado na posição contra o Wolves, em 2014, e deu certo.

No ar, Antônio 'Cacarlos' é WR/DB. Briga pelas bolas no alto, tem ótimas mãos e um bom jogo de pernas. No ataque marca touchdowns, na defesa cata interceptações. Tanto que o jogador foi eleito para a SeleLiFFA passada nas duas posições.

A linha ofensiva é uma vertente muito interessante na história desse time. Sempre foi muito boa, sempre conseguiu bloquear e, agora, com o Edgard, deve dar até uma sensação gostosa de proteger um dos melhores da história do interior fluminense. No outro lado da trincheira, quero ver Eliseu. Se destacou em 2014 e agora com mais conhecimento e experiência, pode despontar como um bom DL.

No corpo de linebackers, Flávio Curty se destacou em alguns momentos da temporada passada. Thauan 'The Rock' é um ótimo jogador na blitz, só que não sei como ele está em relação ao time. A secundária é, repito, do 'Cacarlos'. Não conheço os cornerbacks, mas não me recordo de ter alguma acima da média.

Blaze F.A (0-0):

Olha, o que eu vi do Blaze no amistoso contra o Federals foi ruim, mas eu já os acho os melhores entre os novatos. Indians me decepcionou e o Warriors, eu prefiro nem comentar. Vou contar o que vi desse time "Grosseiro". Antes de tudo, o grito de guerra demorou demais lá em Niterói, já torço para que não se repita.

O quarterback eu acredito que seja o baixinho Ronaldy Vieira. Ele não tem uma bela mecânica de passe, mas às vezes corre, pois é o único jeito. Com uma linha ofensiva um pouco magra, a pressão entra e o obriga a sair do pocket. Assim como o RB Michel Sodré é praticamente obrigado a fazer mágica. Ele não é técnico, mas compensa na raça.

Entre os recebedores, o camisa 87 - que até hoje não descobri o nome - é á principal arma. Ele é alto, muito esforçado, consegue quebrar tackles e pega a bola, que é o que importa. 

A Defesa não lembro muito, ai fica difícil avaliar.

Sem palpite para esse jogo. 


Felipe 'Rugboy' acerta com o Andorinhas F.A

Após saída inesperada do UFF-Niterói Federals no último domingo (7), Felipe 'Rugboy' acertou sua ida para o Andorinhas F.A. O time oficializou o acordo em sua Fan Page nesta sexta-feira (12). O treinador vem para ocupar o cargo de coordenador defensivo, que, anteriormente era ocupado por Serjão Soares. Além disso, 'Rug' atuará como Full Back.

O Head Coach Piter e o novo DC 'Rugboy' (foto: Divulgação)
O mediador desse acerto foi Piter Damacino, Head Coach do Andorinhas. Por já se conhecerem e ver que havia um projeto bom para o Full-Pads, os "Black Birds" ganharam um novo e ótimo coordenador. O novo DC já estará na sideline no próximo domingo (14), contra o Blaze F.A, em Magé. 

Para Serjão Soares, antigo coordenador defensivo, é uma alegria passar o cargo para alguém com vivência no esporte:

"Fico feliz, pois agora temos dois ótimo treinadores (Piter e Felipe) no time. Meu desejo já era passar o cargo, mas nunca achamos alguém com qualidade para o posto. E, agora, sabemos que o 'Rugboy' vai tocar muito bem essa defesa." avaliou o também OL, Serjão.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Felipe 'Rugboy' não é mais o técnico dos Federals

Na última terça-feira (9), recebi a informação de que Felipe 'Rugboy' Neves não é mais o Head Coach do UFF-Niterói Federals. A notícia foi confirmada pelo presidente do time, Ícaro Alves. Agora, a equipe está sob o comando do coordenador ofensivo Raphael Ithi e do coordenador defensivo Thiago Machado - trabalhando em conjunto. Por enquanto, não haverá outro treinador principal.

(foto: João Pedro Uchôa)

O motivo da saída do HC é uma decisão pessoal, pois ele não se sentiu confortável com uma situação ocorrida no último domingo (7) e que ele mesmo contou ao Blog na tarde desta quarta-feira (10):

"No último domingo, quando cheguei em casa tive acesso à uma conversa entre um jogador e um coordenador do Federals, em que além de depreciar a minha imagem como pessoa, eles caçoavam da minha posição de Head Coach. Ali eu entendi que a minha filosofia, o que eu tinha planejado para aquele setor específico não estava chegando 'à ponta da linha'. Pois quando eu precisava faltar, eu dependia do coordenador para orientar sobre a filosofia de jogo que nós tínhamos. Só que eu não podia confiar no coordenador, pois ele podia chamar as jogadas da cabeça dele e a gente acabaria perdendo tempo na nossa preparação. Eu tinha duas linhas de ação: ou eu afastava o coordenador e o outro que é um líder da equipe ou eu deixava o time. Como é histórico em Niterói, se eu os afastasse causaria uma racha no elenco às vésperas da LiFFA, então preferi sair." - contou 'Rugboy'.

O treinador ainda falou sobre os próximo passos dele no futebol americano e seu desejo de um dia retornar ao Federals:

"Meu desejo agora é levar meu material de treino para a Concha Acústica e passar uma clínica gratuita para aqueles atletas que pudessem e quisessem ir lá aos domingos para desenvolver os jogadores, principalmente, alguns de Niterói que estavam evoluindo bastante. Sem me preocupar com tática, com próximo jogo, apenas ajudar. Como eu estava focado na LiFFA, provável que eu vá para outro time. Não para treinar, senão vai parecer que a saída foi só para me transferir. Mas eu estou aberto a propostas, inclusive para ser jogador. (...) Sou muito grato ao Federals e a diretoria do time por tudo que fizeram por mim. Foi um prazer trabalhar lá esse período. Desejo muita sorte para eles na LiFFA e eu estarei torcendo para que esse distanciamento que ocorreu entre nós agora seja apenas um até breve."


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Islanders vence Falcons em jogo apertado na Ilha

O atual campeão da LiFFA, o RJ Islanders, deu o primeiro passo para manter o troféu na Ilha do Governador. Na tarde do último domingo (7), o time venceu o Volta Redonda Falcons por 21 a 19, na capital, e, agora, lidera o Grupo 1. As próximas duas rodadas dos Insulanos foram remarcadas para o fim da fase regular, sendo assim, seu próximo compromisso é só em 23 de agosto, reeditando a final contra o Macaé Oilers, dessa vez, no Norte do Estado. O time da "Cidade do Aço" volta a campo ainda esse mês, no dia 28, contra o Andorinhas F.A, em casa.

Com a derrota, o time do Sul do estado chega ao terceiro encontro com o Islanders sem vitória. Em 2014, foram duas partidas - uma na fase regular e outra na semifinal. Agora, em 2015, a equipe novamente bateu na trave.

Pra inicio de conversa, a arbitragem friburguense teve um atraso com problemas no carro e engarrafamento. Sendo assim, a partida começou às 15h e por pouco não ficou totalmente sem luz. Com bola rolando o Falcons começou muito bem. Fez um primeiro drive consistente, mas teve que dar um Punt, forçou o fumble e continuou em campo ja dentro da Redzone. Na primeira jogada desse drive houve um TD corrido anulado por causa de Holding. Mas o VR continuou avançando de pouco em pouco, mas Monção foi interceptado na linha de 1 jarda e o Islanders pegou a bola.

De cara a primeira surpresa do jogo. Todo mundo tava na dúvida entre Vavo e Rodrigo, que ta jogando no Carioca, como QB, mas quem pegou assumiu a responsa foi o, até então TE, Paulo Abrantes, que jogou bem até.
E pra quem falou que os "medalhões" do Islanders iam parar de jogar, se enganou. Macaskill, Paulo, Rodrigo, Golias, Valle e Farah. Todo mundo por lá. O C Rondon não vai jogar mais a LiFFA e dará prioridade ao Vasco. Bueno e Americano não atuaram.
Eles mantiveram a mesma fórmula que trouxe o título da LiFFA: corridas fortes tanto pelo meio quanto por fora, passe quando é necessário e trick plays nas horas certas. Vavo acabou entrando de QB também e foi bem. Lançou um TD pro Rodrigo Nunes no terceiro andar. Por fim, por parte do Islanders, o destaque vai para o Santanna, RB do Reptiles e ex-Falcons, que pegou quase que exclusivamente como retornador e sempre colocava a bola perto do meio de campo deixando uns dois no chão.
Sobre o Falcons, esquece tudo que vocês já viram. Minha primeira impressão foi muito diferente. Marcelo é muito inteligente em relação ao elenco dele, chega ser impressionante a quantidade de jogadores do Falcons e como as substituições não derrubam em nada o nível técnico da equipe.

Sabe aquele Bruno Monção que ficava pulando de um lado pro outro e corria toda hora? Esquece! O HC Marcelo Arantes botou o moleque no pocket e fez ele ler a defesa, lançar a bola, acho que até por conta das limitações do elenco e por causa do retorno da lesão. E te falar, curti o Bruno sendo pocket. Eu acho que QB tem que saber fazer esse papel, resolver com o braço e ele mostrou que tem potencial. A OL protegeu bem, gostei muito. Monção distribuiu bem os passes, tirou um pouco do foco do TE Fábio Yaegashi, mas falhou nas horas que não podia. Lançou uma interceptação na beira da Endzone e outra em um drive fundamental pro Falcons, além de não conseguir entrar na End Zone no 2-point pra ganhar o jogo.
No jogo corrido, Giatti e Diego Soares revezaram. Jr Assis nem pisou em campo. Novamente, vantagens de se ter um elenco grande. Jogo terrestre fluiu bem, deu um desafogo. De defesa no Falcons eu acho que ninguém se destacou. O Cachorro Louco é muito insistente, cara de trincheira mesmo, mas achei os outros muito fracos. O Rodolfo não passou nenhuma vez. Vitinho se machucou no segundo quarto. Kadu e o Iago Reis jogam bem, gostei deles.

E sobre o jogo em geral, foi físico demais! Muito tackle daqueles que você sabe que doeu, bloqueio de tirar o cara com os dois pés no chão. Princípios de confusão em muitos momentos: Vavo entrando em campo toda hora.

Acho que a maior controvérsia do jogo foi no finalzinho. Drive da vitória do Falcons, eles sofrem um fumble na disputa pela bola rola, após um Holding e o caos se instaurou. Ficou uns 15 minutos de confusão até que o Referee Daniel Moura resolveu anular a jogada.
Ai o Falcons voltou a ter a bola e meteu o TD no finalzinho. Na conversão de dois pontos o Monção tentou correr mas não deu, foi parado. Com 43 segundos faltando o Marcelo abriu mão de chutar o Onside Kick e disse que os árbitros poderiam encerrar o jogo.
Por sinal, Marcelo é, realmente, um cara ímpar. Eu perguntei pra ele o motivo dele não ir tentar o Onside, ele me disse: "Não valia a pena." - estava escuro, elenco em baixa, podia lesionar alguém. Tudo bem, você pode interpretar como atitude de covarde, mas eu acho muito maneiro ver que existem pessoas que entendem que ganhar um jogo não é a coisa mais importante do universo.

Como o Blog não esteve presente, todo o conteúdo da matéria foi passado pelo Bernardo Scofano. Esse é um agradecimento especial de quem sempre ajudou muito o Blog.

sábado, 6 de junho de 2015

Islanders e Falcons duelam na estreia da LiFFA 15

Finalmente a bola oval vai voar de forma oficial no interior do Rio de Janeiro. O atual campeão, RJ Islanders, recebe o Volta Redonda Falcons, nesse domingo (7), em um dos melhores duelos da primeira fase. A partida começa às 14h e marca o reencontro de duas equipes que fizeram ótimas participações em 2014: os Insulanos foram campeões e os Falcons caíram para os cariocas na semifinal. Somados, os times tiveram oito atletas na Seleção do torneio ano passado.

Paulo Abrantes pelo Islanders e Kadu Estevão pelo Falcons foram os escolhidos para a primeira arte de 2015.
 (foto: LiFFA) 

A vontade que o time de Volta Redonda tem de vencer o Islanders não deve caber no Clube dos Taifeiros da Aeronáutica, no domingo. Os jogadores da "Cidade do Aço" ficaram no quase em duas oportunidades na temporada passada e, hoje, estão mais motivados do que nunca. O Islanders é o primeiro time da história do interior a se dividir em duas competições simultâneas: o Carioca Bowl na praia e a LiFFA na grama.

O time da Ilha do Governador não fez uma pré-temporada, já que desde março disputa o Carioca Bowl: em cinco jogos foram dois triunfos e três derrotas - ainda brigando pela vaga nos Playoffs. Se nas areias a "Onda Laranja" não é favorita ao troféu de campeão, na grama eles defendem firme seu posto de primeiro lugar. A pré-temporada dos Falcons foi proveitosa, já que foram mais de 100 inscritos no Try-Out e boas peças chegaram para reforçar o elenco. Com vitórias sobre Costa Verde Ducks e Rio das Ostras Warriors, VR conseguiu acertar seus detalhes e também é candidato ao título desse ano. 

Vamos a primeira análise da temporada regular da LiFFA 2015:

RJ Islanders (0-0):

O MVP da temporada passada, Vavo Calvet, será o QB titular. Imóvel, mas um dos lançadores mais conscientes, ele faz o jogo acontecer com simplicidade. Sua temporada passada foi ótima e as variações de chamadas dificultavam todas as defesas.

Pelo chão, Léo Farah é o cara. Com uma ótima temporada 2014, o corredor é versátil: investidas por dentro e por fora da linha. Velocidade, às vezes corta, mas ele adora um contato. O baixinho também atua pelo Botafogo Reptiles na grama.

A qualidade no corpo de recebedores é vista em poucos times do campeonato. O TE Paulo Abrantes e os WRs Rodrigo Alkmim e Gabriel Bueno são bolas de segurança. O trio desenvolve seu jogo nos grandes do Rio e trazem pra LiFFA a experiência que nem todos possuem. 

A OL é pesada. Difícil passar por eles, só que vão enfrentar uma linha defensiva extremamente corajosa e com linebackers que conseguem entrar. O jogo pode ganhar um formato de definição nas trincheiras. 

Classificando a defesa dos Insulanos, sabe-se que é uma das melhores da Liga. Com uma DL pesada, LBs ágeis e uma secundária atenta, é difícil pontuar contra eles. O meu destaque para essa equipe são os novatos. Quero vê-los em ação. 

Volta Redonda Falcons (0-0): 

Para nossa alegria, Monção está de volta nos passes de VR. Baixinho com personalidade, mais maduro e trabalhando sua leitura, mecânica, etc, o QB vai dar trabalho. O ataque me parece muito mais compacto do que na temporada anterior. Carlos Leal, Arthur Barcelos, Rildo (Alô, Marcelo. Bota ele), e, principalmente, o TE Fábio Yeagashi vão dar trabalho - mesmo sem João Adolpho contundido. 

No chão, as repetições são divididas entre Lucas Giatti, Diego Soares, Jr. Assis e Guilherme Sargento. Gosto da forma que cada um age. Giatti menos, pois o conheço pouco. Só que Soares sabe cortar e não nega o contato. Assis é ótimo no corte curto e ganha jardas assim. Sargento precisa ser trabalhado, mas já faz boas corridas no estilo driblador. 

A OL é forte, só que me parecia perdida nas blitz nos jogos que vi. Conversei com Marcelo Arantes logo após o duelo contra o Ducks em março e ele disse: "Procuramos muitos jeitos de jogar com a OL. Achamos um que todos podem se adaptar e que vai ajudar no nosso estilo de jogo." Isso me leva a entender que o negócio vai ficar bom.

A DL tem Douglas 'Cachorro Louco', que ficou chateado quando eu disse que ele era "apelão" e tinha pouca técnica. Permaneço com a ideia. Vitinho Leal é a referência dos LBs, pois quando ele se machucou contra o mesmo Islanders em 2014, o time apagou. A secundária tem o CB Quintanilha. Ótimo no tackle, caçador de interceptações e chega com qualidade na blitz. Melhor jogador dessa secundária na minha opinião.   

Notas: 

Boa escolha.

O Nova Friburgo Yetis foi escolhido para arbitrar o jogo. Achei ótimo, já que são bem articulados e possuem conhecimento da regra. Arbitragem não será problema.

Encontro de gerações:

O QB Vavo é um dinossauro da areia e MVP da LiFFA, enquanto Bruno Monção é "novo" na posição e foi escolhido como Revelação da temporada anterior. Esse encontro de estilos e idades diferentes é o que também faz o FA atrativo.

Palpite: 

RJ Islanders 20 x 24 VR Falcons

quinta-feira, 4 de junho de 2015

LiFFA divulga tabela de arbitragem do campeonato

Ainda sem condições para contratar árbitros independentes, a Liga Fluminense de Futebol Americano usa os próprios atletas do campeonato como 'zebras'. E nessa quinta-feira (4), o diretor de arbitragem Vavo Calvet, liberou a relação de jogos com as equipes que estarão no apito em cada uma delas. O escolhido para a estreia foi o Nova Friburgo Yetis. 

Os próprios friburguenses são os que mais vão a campo como árbitros. Por não participar da modalidade No Pads em 2015, o time foi escalado para seis jogos, enquanto na segunda posição o Petrópolis Wolves, RJ Islanders, Rio das Ostras Warriors, UFF-Niterói Federals e Andorinhas F.A apitam três partidas cada. Goytacá Indians, Macaé Oilers, Volta Redonda Falcons e Itaipuaçu Krakens viajam apenas duas vezes para conduzir os duelos do campeonato. Sortudo, o Blaze F.A apita só um.