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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Teresópolis Rockers chegou na Final, mas o importante não é só vencer, tem que honrar quem veio antes

Você que está lendo esse texto, já ouviu falar de Pablo Meyer? Djair Marcelino? Bin? Brito? Esqueleto? Bruno Selem? Edgard? Mas e Farnum? Bola? Pica-Pau? Bonifácio? Highlander? Biscoito? Sabe essa sequência de nomes que acabei de escrever? Eles são o que podemos chamar de a alma do Teresópolis Rockers. E por eles que se tem que jogar.

Rockers campeão de 2012 (foto: Facebook/Rockers)
Em dezembro de 2015, eu noticiei o retorno das atividades do Teresópolis Rockers, o que me deixou muito feliz, já que uma equipe fundadora deve estar sempre jogando. No período de reconstrução muito se falou quem seriam os atletas, como fariam pra jogar, ai fecharam uma parceria não-oficial com o Flamengo Futebol Americano e os atletas do rubro-negro subiram a Serra para defender as cores do primeiro campeão da Liga Fluminense de Futebol Americano, em 2012.

Por mencionar as cores, também foi falado sobre a cor vermelha e preta que agora é a oficial de Terê, só que de 2012 a 2015 as camisas eram verdes, mas, contudo, entretanto, de 2010 a inicio de 2012, as cores oficiais eram branco, vermelho e preto.


Sabe esse vídeo acima, ele tem lendários atletas que vestiram a camisa do Rockers no passado. Longe de terem a qualidade técnica que os jogadores de hoje têm, só que eles são fundadores, pessoas que elevavam o respeito por intimidação, era um time chato, mas que dá saudade.

Que o QB Matheus do Valle jogue pelo primeiro e inesquecível Edgard Monteiro. Um homem de bem, que era a raça na ponta dos dedos, um cara imparável e o amor pelo futebol americano personificado. E que Florêncio corra por um bom running back que Teresópolis nunca teve. Douglas, Wellington Beasley e Bueno recebam por Bin, um negro de velocidade invejável, que lembrava em uma comparação divertida o WR DeSean Jackson, que ambos à época usavam a camisa 10. 

O TE Neto que bloqueie e receba por um TE Biscoito que com seus dois metros de altura fazia uma rolta "L-Out" conhecida e que era legal de ver. E a linha ofensiva do Rockers? É até estranho falar, pois nunca foi boa e hoje é ótima. Farnum era left tackle e hoje é um trator de defensive tackle. Aquela dupla Bonifácio & André Luis era divertida, então intercepte por eles Marcos Vinícius. 

Quando entrarem no vestiário, com todo respeito aos ótimos deste time, deixem a palavra com Farnum, Bola, Bonifácio, Highlander, Pica-Pau, até Matheus do Valle. Deixem que eles contem um sentimento que os que estão hoje não viveram, mas podem sentir pela energia passada. 

Se os mais de 50 que vão ao Raulino só jogarem pra vencer, sem levar em consideração o nome que vestem, vão perder. Se jogarem entendendo o respeito que é vestir essa camisa que amedrontou a muitos no inicio da década, vão vencer. 

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